A Segunda Grande Guerra Mundial (que os mais novos veem em filmes e series nos canais televisivos) terminou em maio de 1945. Na época eu tinha quatro para cinco anos de idade e residia na rua Campos Salles. E nos dias posteriores houve inúmeras manifestações de júbilo aqui em Itapetininga, não esquecendo que havia muitos “pracinhas” itapetininganos lutando lá no Exercito Brasileiro contra as ideologias nazifascistas, principalmente na Itália. Por incrível que parece lembro-me vagamente (apesar da minha pouca idade da grande vitória das Nações Aliadas e a passeata organizada pela prefeitura municipal daqui. Estudante uniformizados, Exercito local, trabalhadores empunhando bandeiras brasileiras, funcionários públicos, autoridades locais, políticos, padres católicos e quem mais quisesse participar.
Lembro sim que o Clube Venâncio Ayres representou a entidade com um enorme caminhão (raro, na época) com dizeres louvando o final da Segunda Grande Guerra. Numa época sem imagens movimentadas a cidade acompanhava o transcorrer da luta pela democracia pelo rádio (principalmente as notícias da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, pela radio Tupi de São Paulo), também pelos jornais como o “Diário de São Paulo” (de Assis Chateaubriand) e o “Estado de São Paulo” (da família Mesquita). Nos cinemas, filmes norte-americanos de guerra exaltando sempre os soldados daquele país como únicos heróis. Logo, os Estados Unidos país que demorou muito para entrar no combate, só o fazendo quando sua unidade militar de Pearl Harbor foi atacada pela aviação japoneses (o Japão aliado da Alemanha de Hitler e Itália de Mussolini, países que queriam dominar este vasto mundo). Nos cinemas daqui antes dos filmes, passavam documentários sobre a guerra, mas sempre com noticias de dois ou três anos atras.
Lembro também que ganhei um boneco louro presente de um parente. E como ele era louro conseguia identifica-lo com um alemão e daí, cotidianamente dava-lhe uma surra jogando-o contra a parede até ficar desfigurado. Tudo por causa da Guerra. Nos dois anos seguintes ficava na fila do trigo (no lugar do meu pai que precisava trabalhar) fila está para comprar tal produto na Padaria Nastri (que ficava no inicio da rua José Bonifácio esquina com a Campos Salles, atualmente “Calçadão”.
Com cinco ou seis anos de idade, ainda como reflexos da Segunda grande Guerra (já terminada) a revista norte-americana “Em Guarda” traduzida para a língua portuguesa (para mim tanto fazia pois ainda não sabia ler!). Mas no “Em Guarda” haviam fotografias enormes mostrando os horrores dos campos de concentrações alemães e os cadáveres de milhares (e milhares!) de judeus neles contidos e quando foram descobertos, principalmente pelos soldados norte-americanos, os sobreviventes pareciam mortos-vivos, esqueletos vivos, parecendo não terem mais forças para andar. Lembro-me também de fotos de três homens de meia idade que apareciam sempre juntos e que depois vim saber que eram o norte-americano Franklin D. Roosevelt, o primeiro ministro inglês Winston Churchill e o russo Josef Stalin que uniram suas forças militares para derrotar o genocida Adolf Hitler e seu sector do mal. Também Getúlio Vargas presidente brasileiro aparecia sempre no noticiário falado e imprenso. Dias após o final da guerra, o Clube Venâncio Ayres realizou um grande “Baile da Vitória” e presenciei meus tios paternos aprontarem-se para ocasião. Terminou o combate, mas na minha fase adulta sinto que o nazifascismo ainda perdura na politica brasileira. Alguns anos mais, outros menos. Atualmente bem mais.
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