Neste último sábado 21/08 foi um dos dias mais tristes que eu já passei nestes meus 45 anos. Morreu o meu cachorro Luan, da raça Dachshund o famoso salsicha ou Cofab (para quem já era nascido nos anos 80 com certeza se lembra do comercial dos amortecedores da famosa marca).
Luan morreu repentinamente dormindo (não sofreu, graças a Deus) nos braços do meu pai Edson, já estava com uma certa idade, 10 anos, o que equivale a mais ou menos 69 da idade de uma pessoa, e apresentava problemas cardíaco crônico.
Apesar da idade, e que todo ser vivo é mortal, a dor da perda é muito grande, é como se uma pessoa da família, um amigo, tivesse partido. Vivemos num mundo completamente individualista atualmente, infelizmente! Cada um olhando somente para o seu próprio umbigo, um egocentrismo absoluto. Com “rarissíssimas” exceções não se faz mais amigos como antigamente, é muito jogo de interesse, falsidade, inveja e traição. Colegas do trabalho com convivência diária passando rasteira, “queimando o seu filme” para a chefia, te “apunhalando” pelas costas por pura maldade e inveja. Mesmo as relações conjugais (casamento, namoro, amasio, união estável, rolo, ficante) estão se deteriorando, muitas delas envolvidas apenas nos bens matérias, no dinheiro que com o tempo perdem o valor, se desfazem, apodrecem, viram sucatas e vão para o lixo. Mas o amor, o sentimento, as dores e as alegrias são imortais, ficam em nós para todo o sempre.
Por isso que aquela tão famoso e conhecido ditado que diz que o cachorro é o “Melhor (Verdadeiro) Amigo do Homem” nos dias sombrios e estranhos que estamos vivendo se torna ainda mais preciso e apropriado.
E Luan foi aquele amigasso, que me acordava todas as manhãs sempre feliz, ia se despedir tristonho no portão quando eu ia ao trabalho e fazia aquela festa quando retornava, era muito carinhoso dócil e amável. A casa ficou vazia, ficou triste, mas ele cumpriu sua função aqui na terra, e como um anjinho se foi alegrar outras bandas.
Quando se trata de cães, não tem como não se lembrar do belíssimo poema “Pitoco” do poeta Itapetiningano “Nho Bentico” (muito pouco, quase nada, lembrado e homenageado aqui em Itapê) e que foi imortalizado na narração de Rolando Boldrim (Sr. Brasil TV Cultura) e você encontra facilmente no Youtube,
Pegue seu lenço de papel ou de pano e leia.
Até a próxima…
Pitoco era um cachorrinho
Que eu ganhei do meu padrinho
Numa noite de Natá
Era esperto, bem ativo
Tinha dois zóio bem vivo
Sartando de lá pra cá
De manhã cedo quando me levantava
Pitoco é que me acordava
Com os latido sem pará
Me fazia tanta festa
Lambia inté minha testa
Chegava inté me beijá
E domingo bem cedinho