O assunto é polêmico. Há um só mediador entre Deus e os homens ou há vários? Será que todo ser humano, quando morre vira mediador? O que a Bíblia diz sobre o assunto?
Jesus, conforme registrou seu discípulo amado, ensinou: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” (João 14:13)Paulo, o apóstolo, na sua carta pastoral dirigida a Timóteo, afirmou que há um só mediador e este é Jesus. Ao ensinar tal verdade, destaca as duas naturezas de Cristo, nestes termos: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (I Tim. 2:5) Há, portanto, um só mediador e este mediador é Jesus que possui as duas naturezas: Divina e humana. O Papa, João Paulo II, num encontro ecumênico, realizado no dia 04 de julho de 1980, Porto Alegre. Rio Grande do Sul, disse: “caríssimos irmãos no Senhor… É este o sentimento que me domina a alma ao compartilhar com os senhores, representantes de muitas comunidades evangélicas no Brasil, este momento espiritual de oração e de encontro no Senhor. É Ele, com efeito, quem nos une com sua graça, e quem, por seu Santo Espírito, nos dá, a uns e outros, a força para proclamarmos diante do mundo e ‘publicamente a Jesus Cristo como Deus e Senhor e único Mediador entre Deus e os homens, para glória do único Deus , Pai, Filho e Espírito Santo.”
Surge, agora, a pergunta: Por que é necessário que o mediador seja Deus? A resposta quem dá é a Bíblia. Os teólogos de Westminster afirmaram que era necessário que o Mediador fosse Deus por três razões: 1- Para poder sustentar a natureza humana e guardá-la de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte. 2- Para dar valor e eficácia aos seus sofrimentos e obediência e intercessão. 3- Para satisfazer a justiça divina, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar e dar a este povo o seu Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzi-los à salvação eterna.
Surge uma outra pergunta, derivada da primeira: Por que é necessário que o Mediador fosse homem? A resposta é dupla: 1 – Para poder levantar a natureza do ser humano e obedecer à lei, sofrer e interceder por nós em nossa natureza, e simpatizar com as nossas enfermidades. 2- Para que recebêssemos a adoção de filhos, e tivéssemos conforto e acesso com confiança ao trono da graça.
Os teólogos de Westminster ainda indagaram: Qual é a necessidade do Mediador ser Deus e homem em uma só pessoa? Eles, depois de muita oração, responderam: Para que as obras próprias de cada natureza fossem aceitas por Deus a nosso favor e que nós confiássemos nelas com as obras da pessoa inteira.
Há pessoas que afirmam que os mortos intercedem pelos vivos e oram a eles, depois de terem orado para que eles fossem salvos. Não é um paradoxo? A Bíblia, por meio do profeta Isaías, assim responde: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; – não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? ( Isaías 8:19) A pergunta é uma resposta. Como se vê, só há um mediador.