Mercadão ainda firma-se como centro comercial

Para que as lembranças continuem fluindo constantemente faz-se necessário repeti-las seguidamente a fim de que elas não se dissipem com o passar do tempo. Pois foi assim que Zécaborba Soares Hungria recordou de três figuras circunspectas trajando ternos escuros, que observavam, na calçada atrás da agência do “Correio”, aspectos do Mercadão de Itapetininga no Largo Pedrinho Rosa, hoje Manoel Cardoso.
Questionados sobre a curiosidade dos soturnos personagens, um deles com fortes traços orientais respondeu o “interesse de uma seita religiosa, de grande poder econômico em adquirir todo aquele patrimônio, centro comercial dos mais movimentados da época”.
Não tão movimentado assim como fora no início do seu funcionamento, em 7 de setembro de 1959, quando o prefeito Darci Vieira havia cedido a área ( então praça pública) para a construção do empreendimento, efetuado pela Sociedade Engenharia e Arquitetura, da capital paulista. A finalidade era transformar o local, onde sua parte superior (na Monsenhor Soares), fossem comercializados hortifrutigranjeiros, produzidos em toda região do município de Itapetininga. E no térreo, abrangendo as ruas Cel. Pedro Dias Batista, Monsenhor Soares e Cel. Afonso instalação de boxes e salas destinadas aos mais ariados artigos.
Lojas, quitandas, prestação de serviços, bares, restaurantes, barbearias e diversas outras modalidades comerciais constituíram este centro comercial, com movimentação razoável e forte concorrente da tradicional Rua Campos Salles. Tornou-se, também estação rodoviárias com partidas e chegadas de Ônibus interligando cidades desta área do Estado e até a capital paulista.
A administração do logradouro esteve sob a direção da Prefeitura e, posteriormente deixou a responsabilidade aos próprios comerciantes, sendo que a partir de 1970, com a inauguração da Estação Rodoviária, no bairro da Aparecida, os veículos deixaram de circular na área de mercadão. Com a desativação das vendas dos produtos da zona rural-cereais, verduras e frutas- realizadas no pavimento superior, do prédio, a área foi cedida a corporação musical da cidade que a utiliza em seus ensaios.
O movimento comercial decresceu principalmente por ocasião da mudança do itinerário dos ônibus e igualmente, segundo comentários, pela ausência de atrativos baseados em decorações das paredes, salas de espera, um serviço de alto-falante transmitindo músicas suaves e avisos diversos de utilidade aos frequentadores e viajantes.
Atingindo neste 2015, 56 anos de funcionamento permanece solido em toda estrutura, com linhas arquitetônicas agradáveis e um discreto movimento. O prédio que foi objeto de tese de doutoramento do hoje arquiteto Zu Almada Hungria, Amauri Elias Xavier, Arnaldo Barreti e Dorantino Vieira, João e Geraldo Macedo, Lovizoto, Polisanto, Concílio Bicudo, Arthur Matarazzo, Natal Marquezin, Tuta, Antonio Machado, Tamura, Baitaca, d. Ondina e outros valorosos comerciantes. Passou por algumas reformas notadamente na administração de Eres Franciosi, e agora neste 1º de maio, dá-se o início de um novo começo, com a posse da nova diretoria da Associação dos Comerciantes do Mercadão, constituído dos seguintes integrantes: Presidente Hector Daniel Suárez ( o nosso Mujica), vice- Edson de Moraes, 1º tesoureiro- Maria Cristina Della Valle; 2º tesoureiro- Márcia Maria Klettinger Domingues; 1 º secretário Thiago José Dias Machado; 2º secretário Alberto Isaac. Conselho Fiscal- Zécaborba Soares Hungria, Márcia Bicudo, Eres Franciosi.

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