É frequente observá-los constantemente puxando carrinho onde recolhem jornais velhos, e algumas quinquilharias, pedaços de plásticos e de papelão, garrafas de vidros. Serão, posteriormente, entregues e depósito de material reciclável a preços vis.
Quase sempre se fazem acompanhar humildemente, da mulher, filhos de colo ou de tenra idade e, sempre, do insuperável vira-lata. É possível avistá-los nas feiras-livres, próximos ao mercado (perto do Correio), na rodoviária, na Campos Sales e nas outras principais ruas do comercio da cidade principais ruas do comércio.
Abrigam-se sob construções, no Largo da Matriz (Catedral), na Peixoto Gomide, Largo dos Amores, rodoviária, entre outros lugares. É fato comum e corriqueiro vê-los, compenetrados, revolvendo caçambas ou latas de lixo, a procura de algo valioso.
Alguns assumem atitude agressiva, a fim de, possivelmente, amedrontar quem caminha pelas imediações.
São fotografias, por vezes lamentáveis e tristes. São fotografias em preto e branco da infinita miséria que assola os subterrâneos ocultos da sociedade.
Há, também, os que solicitam, nas casas que batem, objetos que os proprietários não mais utilizam, como roupas usadas, sapatos velhos, ou então “pratos de comida para a alimentação, consumidos na calçada”.
Enquanto uns são amáveis, outros destoam dessas atitudes e grosseiramente solicitam auxílio em tom ameaçador.
Nas imediações do Mercadão ou rodoviária, além deles, surgem alguns embriagados que “por acaso” lá se encontram e se confraternizam com os goles de aguardente que circula fraternalmente entre os presentes.
Nas ocasiões em que são inqueridos sobre sua existência e como chegaram àquele estado, não respondem, mas alguns alegam que foram expulsos ou abandonados pelas famílias e outros justificam-se alegando que perderam o emprego, viciando-se em drogas ou bebidas. Nos últimos meses o número de famílias inteiras moradoras de rua tem aumentado. Nota-se, repito, famílias inteiras procurando recicláveis, a fim de sobreviver.
Embora a prefeitura local tenha criado um centro para receber os moradores de rua, e realize campanha para que os cidadãos não lhes deem qualquer dinheiro, eles geralmente aceitam “trocados”. Em verdade o setor de assistência social sempre procura dar amparo aos necessitados, mas a demanda é muito grande nesses tempos difíceis pelos quais passa a humanidade.