Como no tempo de Cristo não havia máquina fotográfica e, como nenhum artista retratou a sua imagem, hoje, os homens, através do computador, tentam reproduzir o seu rosto tal como era.
Na revista “Isto é”, além de apresentar o seu suposto rosto computadorizado, comenta: “Face larga, pele morena, cabelos encaracolados e curtos, barba e nariz proeminentes”. Esse é o rosto de Jesus delineado num computador pelo médico legista britânico Richard Neave, da Universidade de Manchester. Trata-se de uma face típica de um jovem do Oriente Médio, bem diversa da imagem de um Cristo loiro, difundido pelos artistas do Renascimento. Neave fez o seu trabalho de reconstrução a partir do crânio exumado de um judeu sepultado no século I, contemporâneo de Jesus. A imagem foi produzida a pedido da rede de tevê BBC para a série Son of God (Filho de Deus).
Antes disso, porém, tínhamos lido uma carta que segundo o historiador que a transcreveu, afirmava que fora encontrada na Biblioteca do Vaticano. Fora escrita por Publius Lentulus, procônsul romano, que a endereçou ao Senado, no tempo do Imperador Tibério, citando as características físicas de Cristo e que assim reza: “Apareceu e vive estes dias por aqui um homem de singular virtude, que seus companheiros chamam Filho de Deus. Cura os enfermos e ressuscita os mortos. É belo de figura e atrai os olhares. Seu rosto inspira amor e temor ao mesmo tempo. Seus cabelos são compridos e loiros, lisos até as orelhas e das orelhas para baixo crespos, anelados. Divide-os ao meio uma risca e chegam-lhe aos ombros, segundo o costume da gente de Nazaré. As faces cobrem-se de leve rubor. O nariz é bem conformado e a barba crescida, um pouco mais escura do que os cabelos e divide-se em duas pontas. Seu olhar revela sabedoria e candura. Tem olhos azuis com reflexos de várias cores. Este homem é amável ao conversar, torna-se terrível ao fazer qualquer repreensão. Mas, mesmo nesse caso, sente-se nele um sentimento de segurança e serenidade. Ninguém nunca o viu sorrir. Muitos, no entanto, o têm visto chorar. É de estatura normal, corpo ereto, mãos e braços tão belos que é um prazer contemplá-los. O tom da voz é grave. Fala pouco. É modesto. É belo quanto um homem pode ser belo. Chamam-lhe Jesus, filho de Maria”. Será que essa carta é verdadeira? É melhor ficar com a Bíblia.
Os evangelhos narram a vida de Cristo, mas não o descreve. Mateus, no seu evangelho, apresenta Jesus como rei; Marcos, como servo; Lucas, como filho do homem; João como Deus, porém nem os evangelistas, bem como os apóstolos descreveram, como fazem os escritores românticos, as características físicas de Jesus. Isaías, no século 734 a.C., inspirado pelo Espírito Santo, falando sobre Jesus, disse: “porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem formosura, e olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens; homem de dores e experimentado nos trabalhos, e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido…” (Isaías 53:2,5) (Tal profecia de cura, cumpriu-se na casa da sogra de Pedro. Mat.8:16,17)
