Os sofistas e os religiosos

Tudo aconteceu no século V a.C. Foi um período brilhante da civilização helênica. Depois da atuação fecunda e construtiva de Péricles, bem como as guerras vitoriosas contra os persas, as riquezas e terras conquistadas e o desenvolvimento do comércio, o reflorescimento das ciências e das artes, fizeram com que a Grécia atingisse a plenitude de sua civilização, assim afirmam os historiadores. Com o apogeu da grandeza material e econômica, provocou o surgimento da corrupção dos costumes e o abalo das tradições religiosas. Havia, na época uma riqueza mal distribuída, como nos dias atuais. Diante de tudo isso, surgiram os sofistas, antigos mestres de música, agora professores de filosofia. Asseveram os verdadeiros mestres de Filosofia que os sofistas eram homens venais e sem convicções, ávidos de riqueza e de glória. Eram, como certos pregadores da época atual e, também, do tempo do apóstolo Paulo. O discípulo de Gamaliel, escrevendo aos filipenses disse: “Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu vos dizia e, agora vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição eterna, o deus deles é o ventre e a gloria deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas”. (Fp.3:25)
Os sofistas, todavia, mostraram a importância da didática e a necessidade de ser aprofundar no estudo de seus métodos. Provocaram o abandono dos problemas cosmológicos de Tales, Anaximandro, Anaxímenes, bem como dos jônios posteriores que consideravam o universo sob o ponto de vista estático e preocupavam resolver o problema do movimento e da transformação dos corpos, tais como Heráclito, Empédocles e Anaxágoras.
Os sofistas que se destacaram foram: Protágoras (40-411 a.C.) cuja doutrina se encontra sintetizada na célebre fórmula: “O homem é a medida de todas as coisas”. O outro sofista foi Górgias (480-375 a.C.) autor da obra “Do não-ser, onde afirma que nada existe e, se alguma coisa existisse, não a poderíamos manifestar aos outros.
A Bíblia, única regra de fé e prática do verdadeiro cristão, assevera, exortando: “Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas e mestres ou doutores com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. (Ef.4:11)
Jesus é a medida certa e verdadeira do cristão.