A Revolução Constitucionalista, comemorada nesta sexta-feira, 9 de Julho, capítulo histórico que teve o povo paulista como figura principal, quando lutou pela constitucionalidade do pais, até hoje, 89 anos depois, emociona quem dela se recorde. Itapetininga consagrou-se neste levante e, dentre aqueles que lutaram, muito poucos são os que restam na cidade.
Os familiares do saudoso amigo, o professor João Olímpio de Oliveira, falecido há alguns anos, contam que ele foi um dos que lutaram bravamente na revolta, ao lado de Francisco Fabiano Alves, Péco Leonel, João Martins e tantos outros combatentes. João Olímpio, durante a conflagração fratricida servia, desde o começo, na retaguarda, isto é, no denominado Armazém de Emergência. Este era um órgão oficial, criado pelo comandante de guerra e manobrado pela Prefeitura. Com outros jovens, João frequentava a então Escola Normal “Peixoto Gomide”, que durante a Revolução transformou-se em enfermaria, onde alunas e professoras, inclusive a saudosa Juliana Fabiano Alves, desempenhavam o papel de enfermeiras, dando assistência aos feridos na contenda. Quase toda a família de João Olímpio envolveu-se no conflito e seu pai, investido no comando do Armazém, contava em serviço com dois auxiliares: o próprio João e outro irmão, “Dico” ou Frederico, também falecido, que foi eficiente funcionário do Departamento de Estradas de Rodagem, lotado na sede central da região.
Muito bonito era o trabalho assistencial ininterrupto e “com dedicação”. Famílias apavoradas e famintas, radicadas nas áreas onde ocorriam combates provenientes de Buri, Itapeva e Capão Bonito, contavam com todo apoio material e espiritual. As professoras da tradicional Escola de Aplicação, que confeccionavam fardamento para os “heróis”, nas dependências do antigo estabelecimento, a “Peixoto”. O Imaculada Conceição, na época colégio Interno, também se tornou um hospital de campanha. Recebia e também tratava dos feridos. Uma parte importante da história do Brasil, onde a luta pela Democracia era os motes do Paulistas.