Faltam poucos dias para que metade da população brasileira, que usa a cor “vermelha” em seus princípios, passará a utilizar-se do “verde-amarelo” para uma ocasião especial. Antes (e faz já algum tempo) a cor “verde-amarela” foi expropriada de segmentos do povo brasileiro para servir de escudo para uma facção política e assim ficou.
Esta ocasião especial chama-se “Copa do Mundo de Futebol 2022” e que ainda consegue parar o Brasil quando a seleção brasileira de futebol (amarelinha) entra em campo. E este campo (ou campos) está bem longe daqui, lá no Catar, Oriente Médio, com sua cidade-sede esplendora quando vista de cima. Prédios que mais parecem palácios parecendo “arranhar o céu”. De longe é assim, mas de perto, como é. Como vivem e trabalham, geralmente tais trabalhadores são imigrantes. Será que vivem bem? E as mulheres? Será que são obrigadas a usarem a burca (o véu que encobre parte do rosto)? Podem utilizar o ir e vir, livremente? Por enquanto e segundo parte da mídia brasileira, o local é de uma excelência ímpar. A audiência é que é importante.
Voltando ao início, durante a Copa muitos e muitos brasileiros (milhões!) irão vestir a “amarelinha”, algo impossível de acontecer antes das eleições presidências. Para os “vermelhos” o “verde-amarelo” era o grande rival, o confronto, o adversário e vice-versa.
A Copa do Mundo de Futebol veio em boa hora para o Brasil. Talvez apazigue os ânimos pois parece que as eleições ainda não acabaram. As brigas, os confrontos, a rebeldia, as desavenças entre pessoas numa mesma família, talvez (talvez!) os jogos da seleção brasileira contribuam para amenizar tudo isso. Nas eleições houve um só vencedor, na Copa também terá um. As próprias torcidas de grandes clubes brasileiros diminuem suas rivalidades. Talvez (sempre o talvez) isto influencia na normalidade política no país.
Os adeptos da amarelinha começarem a vestir-se nestas cores, politicamente, nas campanhas de vários partidos políticos para o “impeachment” de Dilma Roussef, então presidente da república eleita democraticamente pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Para muitos observadores, tal “impeachment” não passava de um golpe para tirá-la do poder. Nesta campanha, milhões de paulistanos (e paulistas) tomavam a Avenida Paulista, em São Paulo para seus protestos quase todos vestidos de “verde-amarelo”. E assim ficou. Esta facção (de vários partidos políticos) esta cor símbolo do Brasil para si. Só para si. Com a Copa talvez (mais uma vez!) isto acaba, pois, a cor é de todos. De todos. E depois da Copa, o Natal.
Já que estamos falando em cores, não custa lembrar que não havia isso quando o Brasil sagrou-se campeão pela primeira vez na Suécia, em 1958. A população brasileira não estava preparada para ver a seleção campeã, e no último jogo todos estavam vestidos com roupas comuns, do dia a dia (embora fosse num domingo) e apenas algumas bandeiras nacionais eram levantadas ao ar. Mas a emoção era uma só. Não, neste ano (1958) ainda não havia televisão direito. Tudo era pelo rádio. E valia então a imaginação.
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