Moyses Moreira Lopes
Pôncio Pilatos era governador da província romana da Judeia, no tempo em que Jesus viveu aqui na Terra. Os religiosos judaicos daqueles tempos idos, pediram para que Pilatos decretasse a pena de morte para Jesus. Queriam matar o Eterno. Ele, no entanto, fez algumas perguntas para Cristo e, no final, chegou à conclusão de que os religiosos queriam matá-lo, porque tinham inveja. Reconheceu que Jesus era um homem íntegro e disse aos religiosos: “Não vejo neste homem crime algum.” Disse aos acusadores de Cristo: “Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte.” Propôs aos religiosos um castigo para Jesus e soltá-lo, mas eles incitaram à multidão e, diante disso, gritavam: “Crucifica-o, Crucifica-o.”
Cláudia Prócula, esposa de Pilatos, quando seu marido ainda estava no tribunal, mandou dizer-lhe: “Não te envolvas com esse justo; porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito.” Pôncio queria soltá-lo, mas o medo de perder o cargo, procurou por outros meios jurídicos e ficou indagando. Perguntou ao Redentor dos escolhidos de Deus: “És tu rei dos judeus?” Jesus, embora fosse onisciente, perguntou-lhe: “Vem de ti mesmo essa pergunta ou disseram outros a meu respeito?” Pilatos replicou: “Porventura sou judeu? A tua própria gente e os principais sacerdotes é que te entregaram a mim. Que fizeste?” Jesus respondeu, pregando: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.” Que tristeza, os religiosos não eram de Deus!
Pilatos fez ainda esta pergunta: “Logo tu és rei?” Respondeu Jesus: “Tu dizes que sou rei. Eu para isso vim ao mundo, a fim dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” O governador da Judeia perguntou-lhe mais uma vez, porém não esperou a resposta que lhe daria a vida eterna: “Que é a verdade?” Jesus, certa ocasião disse: “Quem é de Deus, ouve a Palavra de Deus.” Pilatos não quis ouvir.
Os filósofos sempre se preocuparam com a verdade. O alemão Husserl (1859-1938) afirmou que “a verdade se dá através dos fenômenos que são observáveis, perceptíveis e sensíveis.” Jean Paul Sartre (1905-1980) disse que “a verdade está na essência do indivíduo, ela é resultado dos valores de uma sociedade.” Cita um exemplo, que no momento não convém citá-lo. Friedrich Nietzsche (1844-1900) afirmou que “a verdade não existe.” Michael Foucault (1926-1984), argumentando, asseverou que “para ser livre, não pode estar vinculado a uma institucionalização, porque desta forma a verdade será manipulada gerando constrangimentos e formas de comportamento.” Todos morreram e viraram pó, porque não eram o que foram.
Depois de tudo isso, voltando para as Sagradas Escrituras, base da História, da Filosofia, da Teologia e da Teodiceia, embora esta última não quer se basear nela, pode-se afirmar que a verdade é o que é e só é o que é, Jesus. Foi ele mesmo quem asseverou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Jesus e só ele é o caminho para o Céu. Só ele e ninguém mais é o Mediador entre Deus e os homens. Só ele é o Redentor dos escolhidos de Deus. Só ele e através dele é que o homem tem os seus desejos espirituais concretizados. Foi ele quem disse: “Eu sou a verdade.” Ele é o que é. Quando Moisés, no deserto, perguntou para Deus: “Eis que quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: qual é o seu nome? Que lhes direi? Disse Deus a Moisés: Eu sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a vós outros.” (Êxodo 3:13) Jesus é este: Eu sou. Jesus é o que é. Jesus é a verdade. “Só Deus é o que é, como afirmou Vieira, porque só Deus é o que foi e o que há de ser, e o que é. Quem é o que foi e o que há de ser é o que é: e este é só Deus. Jesus é o que é. Jesus é a verdade absoluta e eterna.
Jesus é a verdade que deve ser crida, pregada e respeitada. Pôncio Pilatos não ouviu a resposta que lhe daria a vida eterna. Que lástima!
Cristo, certa ocasião, disse aos judeus: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Como é bom vivermos sem uma dominação estrangeira! Como é bom gozar da liberdade civil e religiosa! Há, no entanto, uma escravidão que as pessoas não estão dando conta: a escravidão do pecado. Há pessoas que são escravas dos vícios, por exemplo: cigarro, bebidas espirituosas, drogas ilícitas e por aí vai…A liberdade dos verdadeiros cristãos consiste em viver livre da culpa e das consequências do pecado por intermédio do sangue de Cristo que foi derramado na cruz e para essa transformação damos o nome de conversão. Conversão não é mudança de religião ou de igreja, mas de vida. Conversão é uma mudança radical na vontade, na inteligência e no modo de ser pelo toque eficaz do Espírito Santo. Jesus deu o nome para essa mudança radical de novo nascimento. É deixar tudo para seguir a Jesus.
Coitado! Pilatos não conheceu a verdade que liberta, pois ele não se converteu.
Você é convertido ou convencido?