Rádios

O rádio resiste ao tempo, sendo, até hoje, eficiente meio de comunicação.
Ao contrário da TV, que exige o emprego de olhos e ouvidos, o rádio permite a audiência enquanto outras atividades são exercidas. Pedreiros trabalham sob o som de rádios portáteis, estrategicamente postados sobre um muro.
Alguns, surdos ou deseducados, elevam absurdamente o som dos aparelhos, causando transtornos à vizinhança, sequiosa pelo lançamento de algum material que remova o rádio de sua confortável posição. São comuns as desavenças pela utilização inadequada de rádios.
O rádio noticia, transmite jogos, música e ensinamentos religiosos. A audiência costuma ser grande, e não são raros os casos de radialistas que acabam eleitos, graças à popularidade que conseguem.
Como poderoso instrumento de publicidade, o rádio é útil também na comunicação de mensagens oficiais, como campanhas de vacinação, modificações no trânsito, horário de funcionamento de repartições, etc. O rádio pode induzir popularidades ou nutrir impopularidades, segundo o interesse político de seus controladores ou radialistas.
Não raro, rádios são controladas por políticos, elementos preferenciais de muitas concessões públicas. Possuir uma rádio é deter o controle de poderoso meio de comunicação.
A rádio, como tudo, opera sob o império das leis, respondendo pelos conteúdos que irradia, civil e criminalmente. São comuns os pedidos de resposta e ações de indenização.
As rádios deveriam ser forçadas à utilização de bom vernáculo, elemento raro nas transmissões, que acabam difundindo grosseiros erros de concordância. Assim, podem acabar transformadas em elemento de difusão de hábitos deseducados e pouco instruídos de utilização da língua pátria.
Também as rádios devem ser instadas, de maneira coercitiva, a não reprodução de mensagens publicitárias de duvidosa probidade. Não raro, principalmente nas manhãs e fins de tarde, ocorrem pregações de produtos mágicos, que curam câncer, unha encravada, Alzheimer, alcoolismo, ciumeira e nó-ceguismo.
As rádios partidariamente instrumentadas corrompem nosso sistema eleitoral, erigindo ou demolindo reputações, dia a dia. Podem, se mal geridas, exercer camuflada e rotineira propaganda, ou subliminar desconstrução de biografias.
A transmissão anima as sessões das Câmaras Municipais. Enquanto há transmissão, os discursos são mais contundentes e demorados.
Mesmo com o advento da TV e internet, as rádios prosseguem com grandes audiências. Tomara que percebam a influência que exercem, na educação e grau civilizatório dos milhões de ouvintes.

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