Reflexos das urnas

Bastou o Partido dos Trabalhadores não alcançar vitórias em várias capitais e estados brasileiros para a mídia visualizada, ouvida e impressa criticasse até excessivamente das novas plataformas do Partido. Principalmente no eixo da cidade de São Paulo, algumas do ABC e de outras importantes no cenário paulista. Não foi bem assim. O PT associou-se a outros partidos políticos em muitos estados em coligações partidárias e não podemos esquecer que uma eleição local ou municipal tem muitas peculiaridades que as vezes fossem de cores ideológicas e é (algumas vezes) bem mais forte que estas. Por ser uma eleição local, entram fatores que são influentes mais do que se fosse estadual ou federal. Não entram aqui os recentes desenvolvimentos da atual economia brasileira como a melhoria da economia, a diminuição do desemprego em todo território nacional, o entorno do país em importância no âmbito nacional (após o desastre do governo anterior) e internacional. Após a última eleição presidencial os partidos políticos do centro e da direita cresceram a “olhos vistos” assim como um Congresso (Senado e Câmara Federal) onde a oposição é maioria e tem como objetivo (entre outros) combater quase sempre as atividades do poder Executivo e do Supremo Tribunal Federal ( que é queiram ou não, o guardião da Constituição) O confronto esquerda – direita que polarizou até demasiadamente na última eleição presidencial tanto que no centrão político sua parte esquerda perde em quantidade em relação ao centrão – direita. A novidade (e não deixa de ser) nestas eleições municipais em todo o Brasil aconteceu na cidade de São Paulo em virtude do surgimento de um novo líder (supostamente) da extrema direita de nome Pablo Marçal (PRTB) cuja candidatura a prefeito ocasionou uma enorme “dor de cabeça” aos partidos que apoiam Ricardo Nunes (MDB e outros) e seu padrinho o governador Tarcísio de Freitas e que preocupou em muito o ex-presidente Jair Bolsonaro. Com quase um milhão de votos (a maioria deles possivelmente, que eram de Nunes) considerada enorme para um novato e desconhecido. Dizem que Marçal dividiu a direita em São Paulo. Daí o alívio de Ricardo Nunes em vencer (até agora) o pleito paulistano. Só que a mídia não mencionou muito (e que deveria) os milhares de votos anulados que o Partidos dos Trabalhadores recebeu (em São Paulo) apenas com a sigla “13”, que é o número da agremiação. Muitos mais que diferença entre Nunes e Boulos que foi por volta de 25.000 votos. E, por que estes votos na sigla “13” do PT e não nos candidatos Boulos (PSOL e outros)? Um mistério eleitoral que o PT deve averiguar. Até com uma certa urgência. Não são votos neutros pois indicam um partido.

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