Cirene, conforme o dicionarista Davis, é o nome de uma importante cidade colonial da Grécia, situada no Norte da África, numa belíssima planície. É banhada pelo mar Mediterrâneo. Alguns afirmam que ela foi fundada pelos dórios, ano 632 a.C. Quando
os Ptolomeus a dominaram, no terceiro século antes de Cristo, muitos judeus se estabeleceram em Cirene. Mateus, o evangelista, afirma que Simão, que era de Cirene, foi obrigado a carregar a cruz que estava sendo levada por Jesus para o Gólgota.
Alguns historiadores, sem base bíblica, afirmam que ele era negro, pois nascera no continente negro, outros, no entanto, dizem quem ele era judeu de Cirene e daí o seu nome: Simão Cirineu. (Mateus 27:32)
Lucas, o médico, no seu livro histórico, afirma que os judeus de Cirene, bem como os libertinos, fundaram uma sinagoga em Jerusalém. Alguns desses cirinenses se tornaram cristãos e Lucas ainda diz que os cireneus entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. Lucas ainda assevera que na igreja, que estava em Antioquia, havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger e Lúcio Cirineu e Manaem, que fora criado por Herodes, o tetrarca.
Simeão, que não era de Cirene, norte da África, parece que era negro, pois Lucas diz
que na igreja de Antioquia havia um tal de Simeão, que era chamado de níger, isto é, negro. O dicionarista afirma que as extensas ruinas de Cirene ainda existem com o nome de El-Ksenna. (Atos 13:1 e Atos 11:20)
Simão, o cirineu, foi obrigado a carregar a cruz que Jesus carregava, mas não suportou. Quemera esse Simão? Não se sabe. Alguns acham que era um escravo, um negro, um judeu e por aí vai. Achar não é ter certeza. A cruz, no entanto, não era somente dele e muito menos de Jesus, na verdade ela era nossa.
Gióia Júnior, o vate, refutando um poeta, numa linguagem poética, no final, encerrando
tudo com uma chave de ouro, assim se expressou:- “Isso disse um poeta certo dia, numa hora de busca da verdade; mas, não aceito essa filosofia que contraria a própria realidade. O berço, o jumentinho e o suave pão, os peixes, o barquinho, o quarto e
a sepultura, eram dele a partir da criação, “Ele os criou” – assim dizem as Escrituras. Mas a cruz que ele usou – a rude cruz, a cruz negra e mesquinha onde meus crimes todos expirou. Essa não era sua, essa cruz era minha.” O poeta, refutado por Gióia, o batista e filho de pastor batista, dissera que o berço, o jumentinho, o pão, os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura tudo fora emprestado para Jesus.
Parafraseando, com todo respeito, o grande poeta, posso, também, me incluir e dizer
que a cruz que o habitante de Cirene não conseguiu carregar era minha e de todos os cristãos. Jesus, na rude cruz, nos libertou da pena e do poder do pecado e quando adentrarmos a glória celestial, seremos libertados da presença do pecado.
“/Junto à cruz, ardendo em fé,/ Sem temor vigio; / Firme até a Pátria ver, /Santa além do rio/” Hino 172, denominado “Ao Pé da Cruz”, Hinário Presbiteriano, tradução do grande escritor e primeiro evangelista presbiteriano, Júlio Ribeiro, idealizador da Bandeira dos paulistas. Conheça os seus livros.
A cruz que se diz que era de Cristo era minha, era sua, eranossa.