Dia desses, ao pôr-do-sol, escuto minha vizinha chamar e saio para o corredor… Deparo com a distinta tentando afastar um gato que parecia colado ao chão! Quando me aproximo, o bichano tenta correr, mas apenas consegue arrastar-se com suas patas traseiras imobilizadas! Então, cai a ficha: o coitadinho tá ferido! Eu e minha confrontante olhamos o entrevado sem saber o que fazer.
Tento estabelecer um contato imediato de 1º grau com meu irmãozinho miador, mas ché! Ele arreganha os dentes e lança um olhar que sentencia: não me toque, ô enxerido! Tá bom, tá bom, já entendi… Digo pra mim mesmo…
Enquanto eu e a moradora adjacente trocamos confabulâncias sobre o que fazer, o contundido esgueira-se por debaixo do meu portão e aninha-se num armário, no quintal, onde guardo ferramentas. E fica lá, encolhido, com olhos assustados…
A primeira coisa que me vem à mente é telefonar pra UIPA e pedir ajuda… Pergunto a diversas pessoas conhecidas sobre a dita-cuja… Algumas dizem que já tem tanto bicho no pedaço, que a entidade está mais cheia do que Arca de Noé, não cabe mais nenhum, nem sogra mal-amada! Outros afirmam que a casa não tem gente o bastante pra cuidar do bicharedo, que não tem apoio do governo e sobrevive a duras penas! Alguém vai mais longe e diz que o seu nome tá errado e que o correto seria “UI!Pá!” E agora? Fazer o quê?
Mas, com “UIPÁ!” ou sem, o “felinoso” havia escolhido a casa onde moro para abrigar-se e curar suas feridas… Cabia a mim, como bom filho do Divino-Santo-Pai, prestar socorro ao “confradinho”… Procurei uma pequena vasilha, enchi-a com água e deixei-a próxima do meu inesperado hóspede. O danadinho apenas olhava, olhava… Mas, quando eu tentava me aproximar, rangia os dentes e rosnava…
Dia seguinte, providenciei ração, coloquei-a numa cumbuca e deixei-a ao lado do “miante”… E assim se passaram vários dias…
Na sexta feira, de manhãzinha, fui verificar como estava o “sete vidas” estropiado, mas, nem sinal do destemido! “Tomou Doril”, virou um cisco, escafedeu-se…! Na horinha, pensei: se andou é porque sarou, mas- puxa vida- custava muito o danadinho dar um miau de despedida?
Mas não tem nada, não, a minha parte eu fiz e Deus viu tudo… E nem careci da “UI!Pá!”
Obras no Solar dos Rezende foram determinadas pela justiça
A remoção do telhado do histórico Solar Ananiza Rezende que chamou a atenção dos moradores de Itapetininga nos últimos dias, foi uma determinação da Justiça. A informação foi confirmada pela...