É um mistério! A eternidade foi colocada no coração do homem, mas o ser humano vive pouco. Tiago, irmão de Jesus, indaga e responde: “que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.” Moisés, na sua oração, assevera que “os nossos anos se acabam como um conto ligeiro.” A morte é um mistério. Ela é fruto do pecado. O Eterno, no princípio, disse, ordenando: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento d bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
O homem não obedeceu e ficou sujeito à morte. Há várias naturezas de morte, como sejam: a morte física, que é a separação da alma do corpo; a morte espiritual, que é a separação da alma de Deus e a segunda morte, que é a separação da presença de Deus para toda eternidade.
Quando ocorre a morte física, geralmente, a pessoa pronuncia uma palavra, uma frase ou um pedido. Sócrates, o filósofo, segundo Platão, na hora extrema pediu: “Críton, devo um galo a Asclépio, não esqueça de pagar essa dívida.” Dizem que o filósofo Jean Jacques Rousseau anunciou:-“Vou ver o sol pela última vez.” Afirmam, também, que Charles Darwin, que estudava para ser Pastor, na última hora de ajustar as contas com Deus, se mostrou humilde e apenas disse: “Eu não tenho menos medo de morrer que os outros.” Alguns asseveram que George Bernard Show, como era ranzinza, irritou-se com a enfermeira que se esforçava para mantê-lo vivo: “Irmã, você está tentando me manter vivo como uma peça de antiguidade, mas eu já acabei, estou morrendo.” Ele tinha 94 anos. Machado de Assis, o mulato, e o maior escritor brasileiro, cercado por seis amigos, entre eles, Euclides da Cunha, José Veríssimo e Coelho Neto, disse: “A vida é boa.”
Quando eu tinha 12 anos, vi a minha querida mãe morrer. Não havia respirador, balão de oxigênio e hospital perto. Quando a ambulância chegou, com o médico, minha mãe disse: “Tudo posso naquele que me fortalece.” Abaixou a cabeça e silenciou-se. Ela citou as palavras de São Paulo em Filipenses 4:13.
Estevão, o primeiro mártir cristão, diácono, quando era lapidado, confessou: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé, à direita de Deus.” Logo em seguida, invocou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito.” Pôs -se de joelhos e pediu: “Senhor, não lhes imputes este pecado.” (Atos 7:55)
As últimas palavras, no entanto, mais importantes, foram ditas por Jesus: “Está consumado.” (João 19:30) Cumprira Cristo o seu ministério e a sua missão salvífica. Só ele e ninguém mais pode salvar o pecador. Ele é o único Redentor dos escolhidos de Deus e sem ele ninguém pode se comunicar com Deus e ser salvo da perdição eterna. Ele é o Deus-Homem, o Emanuel, isto é, o Deus Conosco.