Foi depois de uma conversa que tive. Carlos, meu colega de trabalho, afirmou que José, filho do sr. Policarpo, é profícuo no ministério cristão. Dizia ele sobre empregados úteis e inúteis. Ele quis dizer que José era útil para os membros da Igreja. Disse, além disso, creio eu, que ele se lembrou das palavras de Jesus, quando discorria sobre a disciplina. Foi Lucas, o evangelista, quem registrou no seu evangelho: “Assim também vós, depois de haverdes feito tudo quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer. ” Uteis e inúteis é o verso e o reverso.
O bom empregado procura fazer tudo para agradar o patrão e galgar sempre uma posição melhor no seu serviço. Não se contenta em fazer por fazer. Faz com a alma e, se é cristão, age para a glória de Deus. Dom Hélder Câmara, num arroubo de inspiração, disse: “Quanto abraço, quanto aperto de mão vazios, sem sentido!… O abraço ideal deveria envolver, de maneira discreta, implicitamente, uma prece pela união. ” Ele quis dizer que devemos abraçar e cumprimentar cordial e fraternalmente. Semelhantemente, o trabalho deve ser feito com capricho, com amor fraternal, cordial, com alma, como se estivéssemos orando, pois quem trabalha está lavrando no jardim divino. O homem foi criado por Deus e colocado num jardim para lavrar e guardar.
Quem trabalha com alma, cumpre o ensinamento de Paulo, quando escreveu aos cristãos de Corinto: “Fazei tudo para a glória de Deus. ” Tenho notado que há muitos obreiros que se dizem evangélicos, cristãos e frutos da descida do Espírito Santo, porém não demonstram pelas suas obras e atitudes a sua nova vida em Cristo Jesus. São infiéis nos tratos, nos negócios e muitos são trapaceiros, agindo como incrédulos. Paulo, o bandeirante do cristianismo, uma vez que foi ele quem desbravou regiões inóspitas para o evangelho, ordenou: “ Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino mostra integridade, reverência, linguagem sadia e irrepreensível para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito. ”
Li, na Revista Ultimato, sobre a Festa da Mídia e a Festa da Igreja e num dos trechos dizia: “ A mídia se alegra quando alguém comete um escândalo. A igreja se alegra quando alguém vence uma tentação. A mídia se alegra quando alguém escorrega e cai. A igreja se alegra quando alguém se levanta e anda. ”
Diante de tudo isso, o empregado, que se diz discípulo de Jesus, deve andar e viver como Cristo viveu. Não deve dar lugar para que os incrédulos possam falar mal do Evangelho e da Igreja de Cristo.
Há empregados úteis e inúteis. É o verso e o reverso na vida cristã.