Em sua terceira edição o projeto de livro Antologia Poética Marginal, reúne diversos artistas de Itapetininga e região, em uma coletânea de textos, poesias, crônicas, fotografias e grafite.
O escritor Ismael Tavernaro Filho, contou que o projeto do livro foi idealizado por ele e pelo produtor musical Marcio Dabliume. “A ideia era dar oportunidade para os artistas que estão à margem da sociedade, por isso o nome marginal, a necessidade veio a partir dos encontros de rap nas periferias seja Itapetininga ou em outras cidades, lugar onde tinha gente com trabalho bom, mas não tinha como mostrar seu trabalho, ou se tinha ficava apenas na periferia eu quis levar esse projeto para o centro da cidade, para as bibliotecas, levar para um shopping, uma livraria”.
Filho falou que a ideia começou apenas com os artistas de Itapetininga. “Todo ano vem crescendo e artistas de várias partes Brasil e do mundo estão participando, ao todos são 24 artistas participando desse projeto com diversas manifestações artísticas, desde poesia, crônicas, grafite, frases soltas é uma manifestação artística livre mesmo”.
Com o lançamento previsto para agosto, qualquer pessoa pode adquirir o livro, entrando em contato com os artistas, entrando em contato com a editora ou pelo site, explicou o escritor. “Lembrando que todo fundo arrecadado a partir da venda no site da editora, fica como caixa para o projeto Antologia Poética Marginal do ano que vem”.
A escritora Letícia Rodrigues Menezes, de 20 anos contou sobre o começo de sua carreira. “Na realidade comecei agora a de fato investir neste lado da minha vida. Escrevo desde bem pequena e isso sempre foi uma paixão minha. Mas acredito que o projeto do Antologia 3 tem sua importância principalmente neste ponto: dar voz tanto à artistas antigos quanto a novos artistas, fazendo com que a arte deles alcance mais pessoas”.
“Participar desse projeto foi e é uma das experiências mais marcantes da minha vida e fico muito feliz de poder compartilhar um pouquinho da minha arte com o Brasil, ao lado de tanta gente incrivelmente talentosa. Espero que a antologia três não apenas seja capaz de tocar a alma dos leitores como todo bom livro consegue, mas também inspire as pessoas a pensar, fazer arte, expor elas ao mundo”, acrescentou a escritora.
O artista Adriano Campos de Matos, de 42 anos, contou que começou a desenhar aos quatro anos. “Minha mãe sempre me apoiou a desenhar, tanto que ela plastificou meu primeiro desenho e leva com ela na carteira. Há 24 anos de carreira pintando fachada de lojas, aproveito das sobras desses materiais para fazer a minha arte, uma das nossas obras que tem repercutido bastante na cidade é o grafite nos prédios na Estancia quatro irmãos”.
Sobre a participação do livro, Matos falou o quanto incrível é o projeto. “Essa edição do livro foi baseada em um grafite, que fizemos na rua Virgílio de Rezende em protesto, os anteriores eu conheci através do Marcio Dabliume e agora é muito legal fazer parte desse projeto”.
O escritor Rhozemyr Manfreddine, viveu boa parte da infância em colheitas de café junto com os seus pais que eram lavradores. “Por conta disso comecei os estudos tardiamente, mas quando comecei a escrever não parei mais, como bom amante de política fui representante de Grêmio Estudantil durante três anos. E lançou junto com meus amigos o Jornal Escolar “O Pensador”, que rendeu críticas da Diretoria Regional de Ensino da época, amante de música, sou compositor e também é locutor de rádio”.
“Participou da Antologia Marginal 2 e também logo estarei lançando meu livro, “Os Inimigos Não Mandam Flores”, pela editora. Atualmente ocupo a cadeira vitalícia como vice-presidente da Acadêmia Independente de Letras de Cerqueira César”, acrescentou Manfreddine.