Inspirada em trabalhos altruístas que realizou na época em que foi escoteira, a atriz itapetiningana Christiane Fogaça, decidiu criar a iniciativa “Leitura Solidária” que visa envolver a sociedade por meio da arte e da solidariedade, promovendo uma proposta de união entre todos os envolvidos, como artistas, técnicos, teatros, entre outros. A leitura acontecerá no Teatro Oficina, em São Paulo, no dia 06 de setembro, às 20h.
O evento, desenvolvido em parceria com a produtora cultural Maristela Bueno, convida artistas renomados para as leituras, selecionando uma instituição específica para beneficiar a cada edição.
“Desde os 8 anos, quando comecei a praticar o escotismo no Grupo Ibiraci de Itapetininga, aprendi o verdadeiro significado do voluntariado, algo que sempre esteve presente na minha vida. Essa experiência me ensinou a importância de servir ao próximo e de se engajar em causas maiores, valorizando o trabalho em equipe e a resiliência. O projeto Leitura nasceu desse espírito de voluntariado, envolvendo artistas, técnicos e profissionais do teatro que, assim como eu, acreditam no poder transformador da arte. Desenvolvi o projeto em parceria com a produtora cultural Maristela Bueno, com quem trabalho há muitos anos. Buscamos trazer para o palco artistas que admiramos e que compartilham da nossa visão”.
O projeto não conta com patrocinadores, nem visa lucro ou remuneração para quem participa, funcionando totalmente com base no voluntariado e promovendo uma verdadeira conexão entre as pessoas e a causa apoiada.
Em edições anteriores, nomes de destaque como Maitê Proença, Helena Ranaldi, Leopoldo Pacheco, Ricardo Tozzi, Leonardo Miggiorin, Cristina Mutarelli e Mel Lisboa participaram das apresentações.
Já para esta ocasião estão presentes no elenco as atrizes Tainá Müller, Mônica Iozzi, Camila dos Anjos, a itapetiningana Clodi Dias, entre outra. Contando ainda com participações especiais de Mel Lisboa e da cantora Marina Lima.
A cantora ainda menciona a importância do projeto. “Acho que nós ajudamos ainda mais a colocar o foco sobre as questões humanitárias, identitárias, culturais e étnicas. Nesse momento dramático que o Rio Grande do Sul passa, a nossa solidariedade aos projetos culturais, principalmente teatrais que já existem no Rio Grande do Sul, mostra a nossa conexão, interesse e empatia pela arte que se faz no Brasil.”
Para juntar todos os artistas de renome, a atriz itapetiningana teve que lidar com a agenda de todos, que não possuíam muito tempo para o proejto por conta de outros compromissos. “Conciliar as agendas de trabalho de todos foi difícil. Muitos dos artistas têm compromissos profissionais intensos e moram no Rio de Janeiro, o que torna a logística ainda mais complexa. Outro ponto é conseguir o apoio e engajamento de empresas, pois como é um projeto sem fins lucrativos e sem nenhum tipo de patrocínio financeiro, muitas vezes contamos com o empréstimo de objetos e equipamentos. Na Leitura Solidária essa entrega se reflete na disposição dos artistas em ajustar suas agendas para participar e da sociedade e apoiar a causa, tudo pelo compromisso de criar algo significativo que impacte positivamente a vida de outras pessoas”, diz Christiane.
Ela, que começou sua carreira no Sesi Itapetininga, ainda comenta sobre o seu desejo de expandir o projeto para outras cidades e estados, como em Itapetininga. “Em março, realizamos uma leitura no interior de Minas Gerais para beneficiar uma entidade local, o que exigiu uma logística cuidadosa para conciliar a agenda de todos e garantir a estrutura adequada no local. Em São Paulo, contamos com a parceria de teatros que cedem espaço para as leituras, o que tem sido essencial. Nosso desejo é poder expandir e ajudar muitas outras instituições em outras cidades, mas para isso, precisamos de apoio local. Como mencionei, é um projeto sem fins lucrativos e sem patrocínio, então essa colaboração é fundamental para continuarmos levando a arte e o voluntariado a mais lugares”.