O Dia Internacional da Dança foi criado em 1982 pelo Comitê Internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). A escolha veio em homenagem a Jean-Georges Noverre, um mestre do balé francês, conhecido por ter escrito uma das obras sobre a dança mais importantes da história, Lettres sur La Danse ou “As Cartas Sobre a Dança”. A data está associada a uma personalidade brasileira de importância no balé: Marika Gidali, bailarina co-fundadora do Ballet Stagium em São Paulo, que a exemplo de Jean-Georges Noverre também nasceu no dia 29 de abril.
Para celebrar a data o Jornal Correio bateu um papo com alguns, dos vários, amantes e representantes da dança em Itapetininga. A tradição desta arte milenar é latente na cidade há décadas. São diversas escolas, professores e bailarinos vivendo a dança por aqui também.
A dança, aliás, juntamente com o teatro e com a música, é uma das artes cênicas principais desde a Antiguidade. Ainda na Pré-História (com imagens gravadas nas paredes das cavernas) a dança era uma prática comum nas mais diversas situações. Por exemplo, na Grécia Antiga, a dança era utilizada no culto de algumas religiões, assim como no Egito Antigo, que era praticada a dança do ventre, para homenagear deuses.
Andressa Meira Capuani – professora de Dança no SESI
Atua a mais de 10 anos no ensino das técnicas balé clássico, jazz e dança contemporânea. A dança chegou em sua vida aos nove anos de idade influenciada pelos pais de forma leve e mudou como se relacionava com o mundo. A timidez deu espaço para que a criatividade fosse expressada por movimentos dançantes. Ao longo de seus estudos pelo universo do movimento, descobriu que ser tocada pela Arte da Dança proporciona mudanças significativas nas posturas do corpo, consciência e respeito com o próprio corpo e o corpo do outro.
Descobrir o que a dança pode mudar sua perspectiva como ser humano dentro da sociedade, para além da beleza de seus gestos, é o que motiva fazer parte da história da dança na atualidade. No meio de tanto esforço, há gratidão em participar do time de profissionais que acreditam na democratização da dança, fortalecendo o discurso de que todos os tipos de corpos podem ter o privilégio de se divertir dançando. Que as aulas de dança podem priorizar a diversão, transformando a sala de aula em um ambiente saudável, sem comparações entre os alunos e contribuindo para a autoestima dos participantes.
Incentivar o aprendizado lúdico das técnicas de dança é a sua principal missão como profissional da dança para crianças, pois acredita ser importantíssimo que elas possam construir seus grupos de amizades, desenvolver formas de diálogos e dividir seus aprendizados entre elas através da dança.
O objetivo das aulas de dança nos dias de hoje, além de todos os benefícios corporais é trazer dinâmica criativa, respeitosa e sem julgamentos para a vida de crianças, jovens e adultos. Independente de seus contextos diários.
Carla Gonçalves – CS Dança
“A Dança move minha vida, é meu trabalho, é meu desenvolvimento pessoal, é meu convívio social, é meu desafio diário, é meu modo de expressar, é um alimento para alma, é uma através dela que tenho conquistas e realizações. É meu combustível diário! Um amor inexplicável, é gratidão que não tem fim! Comecei bem pequena, na escola, tinha 2 anos e meio, 3 anos.
A professora vê a dança como uma ferramenta cultural, capaz de trazer grandes transformações para sociedade. “Através desta arte, é capaz desenvolver o ser humano, resgatar valores, uma possibilidade de crescimento de caráter, ela mobiliza, ela destrói preconceitos, ela torna o cidadão mais criativo, mais sensível, mais humano, ela ajuda no desenvolvimento pessoal”.
“Tenho um foco nesta questão a Dança é para todos, então já ministrei aula em projetos sociais, em igrejas, em escolas regulares, em academias e escola de Dança. Eu acredito que essa arte tem o poder de unir todos e mostrar o que diferentes corpos são capazes de fazer”.
O projeto mais marcante da minha vida, foi o nascimento da minha escola, 16 anos atrás. Com o apoio dos meus pais, a participação dos meus familiares e amigos, iniciamos uma grande família dançante, por onde já passou muitos bailarinos, alguns com intuito profissional, outros com a vontade da realização de um sonho, outros com curiosidade na arte, outros como atividade física, diferentes focos, mas o mesmo amor.
Dariana Eloisa Ferreira Gonçalves Conceição – Escola de dança Passos do Céu
“Tudo começou com 10 anos no centro de convivência. A Dança é minha outra metade, não existe Dariana sem dança. Seja dançando, coreografando ou ensinando”, comenta.
Para ela, a dança na sociedade é algo muito importante que tem o poder de transformar tantos envolvidas quanto as pessoas que estão em volta. E é possível democratizá-la através de projetos socias, da inclusão das pessoas mais carentes para dentro das escolas particulares e teatros.
Como um dos projetos marcantes da carreira, ela destaca o trabalho da sua escola na realização de audições para crianças da rede pública.
“Planos para o futuro: ter um espaço maior com profissionais qualificados para oferecermos aulas de dança para crianças e adolescentes cadeirantes”.
Natalia Helena – Academia Movimento
“A dança na minha vida é a arte que conduz toda disciplina e responsabilidade do meu dia a dia. Realizada com muito amor, prazer e alegria. Transforma os meus dias melhores. Comecei a dançar ballet clássico com os meus seis anos de idade na escola de música de Itapetininga”.
“A dança na sociedade não é vista como deveria ser vista! Pois ela trabalha a pessoa para todas a sardas da vida! Trabalha disciplina, coordenação, flexibilidade, expressão, resistência, equilíbrio, e bem estar! Para sociedade ela é uma atividade extra que proporciona somente bem estar e muita vez é deixada em segundo plano, pois sabem que não é valorizada, assim limitando as pessoas de seguirem carreira”.
A minha escola Studio de Dança Movimento forma bailarinos clássicos pelo método Royal Academy of Dance! Método desconhecido mundialmente que proporciona oportunidades na carreira de trabalho para bailarina que quer seguir carreira. Nós também trabalhamos com grupos de competições que dá oportunidade para a aluna mostrar seu talento e trabalho em competições dentro do Brasil e no exterior. Já mostramos nosso trabalho na Argentina, Nova York, Alemanha, Holanda e em grandes festivais brasileiros em São Paulo e Joinville. Temos projetos de trabalhar com crianças carentes e descobrir grandes talentos dando bolsas de estudo”.
O que mais marcou até agora foram as premiações em festivais internacionais e bailarinas da nossa escola hoje dançando em grandes companhias brasileiras!