No Brasil, o dia 2 de dezembro é marcado pela celebração do Dia Nacional da Astronomia, uma homenagem ao aniversário de D. Pedro II, figura histórica que desempenhou um papel central no incentivo ao desenvolvimento da ciência no país. Reconhecido como o Patrono da Astronomia Brasileira, o imperador era um entusiasta da área e chegou a estabelecer correspondência com astrônomos renomados do século XIX. A data, celebrada desde a década de 1980, foi oficializada em 2017, tornando-se um marco para a valorização da astronomia.
De acordo com o presidente do Clube Centauri de Astronomia, Rodrigo Raffa, o dia não é apenas motivo de celebração, mas também uma oportunidade de promover a curiosidade científica e engajar a comunidade. “O Clube Centauri atua de forma ativa nas redes sociais, em nosso blog e, mais recentemente, por meio do podcast CentauriCast, que busca tornar a astronomia mais acessível e fascinante para todos.”.
O Clube Centauri, fundado para aproximar o público da astronomia, desempenha um papel ativo na disseminação do conhecimento astronômico. A entidade oferece suporte a escolas interessadas em projetos como a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), incentivando jovens a explorar o universo por meio de práticas e competições científicas.
Na região de Itapetininga, o Clube Centauri já realizou eventos de destaque, como o Encontro Paulista de Astronomia, que ocorreu na cidade em 2017, e o Torneio Centauri de Foguetes, que reuniu equipes de todo o Brasil em 2019, 2022 e 2024. Além disso, o NASA International Observe the Moon, organizado pelo Clube, permitiu aos participantes obter certificados oficiais emitidos pela NASA, consolidando a relevância da astronomia na comunidade local.
No entanto, desafios importantes precisam ser enfrentados para que a astronomia ganhe ainda mais espaço. Segundo o entrevistado, a poluição luminosa, por exemplo, é um dos maiores problemas da área. “Ela apaga o brilho das estrelas e prejudica tanto a observação pública quanto a pesquisa profissional, forçando os observatórios a se instalarem em regiões remotas”, comenta. Outro ponto crítico é o crescente número de satélites em órbita, que interfere nas observações astronômicas.
Por outro lado, os avanços tecnológicos têm beneficiado a astronomia, permitindo simulações precisas e o acesso a ferramentas que facilitam o aprendizado e a prática. “As redes sociais também têm sido uma aliada ao despertar o interesse do público, principalmente entre os jovens, que podem explorar conteúdos científicos de forma acessível e interativa”, pontua.
Um dos objetivos do Clube Centauri é ver a astronomia incorporada definitivamente ao currículo escolar. Para isso, o grupo promove oficinas práticas, observações astronômicas e formação continuada para professores. “Queremos criar um ambiente educacional que inspire os jovens a explorar o universo e entender seu lugar nele”, afirma o presidente.
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