A PAIXÃO DE CRISTO – A tradição começou em 1976 com a direção de Antônio Luiz Balint (1957–2015). Balint foi o diretor que mais vezes comandou o espetáculo. As primeiras montagens ocorreram em frente as “Três Escolas”. Posteriormente, foram apresentadas no Centro Esportivo Mário Carlos Martins, no Largo dos Amores, no auditório Abílio Victor e em frente à igreja das Estrelas. O espetáculo também foi dirigido por Fábio Jurera e Paulinho Carriel.
CIRANDA DA LUA – A companhia foi criada na década de 1980 e comandada por Maurício Lima Oliveira. O grupo encenou “O Auto da Compadecida”, “Uma Mulher Vestida de Sol”, “Sonho de uma Noite de Verão”, “A Cartomante” e “Pluft, o Fantasminha” (1993), infantil que fez grande sucesso entre crianças e adultos, apresentada no extinto Grêmio Estudantino. No elenco: Jorge Abelardo, Michel Angellus, Renata Carriel, Rogério Sardela, Simone Parangaba, entre outros.
CORTINA DE VELUDO – Radionovela muito popular na cidade, tinha a duração de 1 hora. Foi ao ar, pela PRD-9, no dia 23 de março de 1945 e durou até dezembro de 1966. Criado pelo casal Celso e Geralda Araújo foi uma das maiores audiências da rádio. Além de atuar, o casal se desdobrava em outras funções: Celso era o diretor e a esposa escrevia as peças. Destacavam-se também Nete Junior, Toninho Di Conti, Ferreira Neto, entre outros.
EM CENA AÇÃO – O grupo começou a desenvolver suas atividades em Itapetininga em 1997, sob a direção de João Carlos Luz. Luz foi muito influenciado pela estética de Antunes Filho, com quem trabalhou. “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, contabilizou mais de 5 mil espectadores entre 1998 e 1999. Fizeram parte do repertório do grupo: “Cabaré Mahagony”, de Brecht, e “Viúva, Porém Honesta” e “Senhora dos Afogados”, ambas de Nelson Rodrigues.
GRÊMIO DRAMÁTICO VENÂNCIO AIRES – Liderados pelo exigente Humberto Pellegrini, foi o principal grupo teatral da cidade nas décadas de 1940 e 1950. As comédias de costume levadas a palco faziam muito sucesso entre os itapetininganos. Carlos Conceição e Maria de Souza encabeçavam as montagens do grupo, entre elas: “A Ditadora”, “O Hóspede do Quarto nº 2”, “O Diabo Enloqueceu”, “A Cigana me Enganou”, “Canário”.
GRUPO DE TEATRO ARCO ÍRIS – Fundado por Balint foi um dos principais grupos da cena teatral Itapetiningana. Levou aos tablados vários espetáculos, muitos deles, inspirados em autores consagrados como Garcia Lorca, Gógol, Shakespeare, Martins Penna. O grupo foi responsável pele realização da tradicional “A Paixão de Cristo”, de 1976 a 2009. Elvis Steffan, Johnny Francis, Juliana Mattos, Maurício Frutuoso, entre outros inúmeros artistas fizeram para da companhia.
GRUPO DETRÁS DO PANO – Comandado pelo ator e diretor Paulinho Carriel surgiu em 2010. No currículo do grupo o infantil “A Revolta dos Brinquedos”, o drama “Retratos de Nelson”, a farsa “Viúva, Porém Honesta” e “Filho Ingrato”, inspirado na música de Teddy Vieira. O grupo também encenou “A Paixão Cristo”. Em breve o grupo pretende levar ao palco “Somos Todos Neusa”
NÚCLEO DE ARTES CÊNICAS DO SESI – Programa instituído pelo SESI em 1987. Em Itapetininga, as atividades começaram em 2007. Entre cursos e oficinas para públicos de diversas faixas etárias, destacaram-se as encenações: “O Casamento Forçado” (2007), “Comédia dos Erros” (2008), “Píramo e Tisbe” (2009), “A Margem do Rio” (2018) e a trilogia “Amores Esquecidos” que narrou histórias da cidade a partir do final do século XIX até o final da década de 1990.
O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN – Um dos maiores sucessos do palco itapetiningano, foi dirigido por Margarida Maria (Margha) Bloes (1942–2018) com Associação Cultural Théspis. Estreou no dia 16 de outubro de 1984, na igreja Nossa Senhora das Estrelas. Este espetáculo tornou-se matéria de Neide Duarte no “Jornal Nacional”. Margha também assinou as montagens “Arlequim, Servidor de Dois Amos”, “Introitus” (1995) e “Simplesmente Francisco” (2017).
PAIXÃO E MORTE DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO – Histórico espetáculo de 1972, iniciava na praça Duque de Caxias e percorria as ruas cidade rememorando, os 14 episódios da travessia de Cristo ao calvário. O espetáculo foi finalizado em frente às três escolas, onde foi encenado a crucificação e ressureição. A direção de José Luiz Ayres Holtz, o Grilo, que também participou como ator no papel de Jesus Cristo. A peça teve a participação de mais de 120 figurantes!
TEATRO DO SESI – Inaugurado em 2007, o espaço cultural na Vila Rio Branco recebeu nesses 14 anos diversos espetáculos teatrais profissionais e amadores. A primeira peça apresentada no local foi “Tietê Mais o Riacho do Rabo em Pé”, da Cia Articularte (25 de agosto), seguida por “Convocadores de Estrelas” (26), “Cuca Fofa de Tarsila (1º de setembro), “A Luz dos Olhos Meus” (2), “Auto da Paixão e da Alegria” (4) e “O Tesouro do Balacobaco” (7 e 8).
THEATRO SÃO JOÃO – Em 1866 iniciou-se a construção do primeiro edifício teatral da cidade, inaugurado em 1872. A primeira montagem levada ao tablado do local foi “Os Milagres de Santo Antônio”, peça amadora ensaiada pelo major João Monteiro de Carvalho. Segundo o pesquisador Carlos Fidêncio, o prédio possuía balcões, sala de espera e frisas.
TAPANARACA MUTATIS MUTANDIS – Fundado por Ailson Martins, Diogo Cruz, Fábio Jurera e Lucy Villar, surgiu na cena local em abril de 2002, com a montagem “Fofo…Meu Amor!!!”. No mesmo ano produziu as peças “Sopa de Pedra”, O Circo Ilusão” e “O Valor da Natureza”. Um dos mais premiados espetáculos do grupo foi “Carfax”, em 2013. A peça teve uma conquista inédita por um grupo da cidade: foi a vencedora da fase regional do Mapa Cultural Paulista.
TEATRO ESTUDANTIL GREMISTA – Integrantes do Grêmio Estudantil criaram o revolucionário grupo em 1967. A peça de estreia foi “Novo Jeito de Pagar Velhas Dívidas”, colagem de textos de diversos autores, surgiu da necessidade de arrecadar fundos para suas atividades gremistas – como sugere o título. Dirigido por José Luiz Holtz. Posteriormente, montaram “Procura-se uma Rosa”, o polêmico “O Que Acontece”, “Senhorita Júlia”, “Estudo 1” e “Marat Sade” (1971).