O documentário “Nego Dito, Negritude e Itapetininga” aborda a formação da comunidade afro-brasileira no município e os desdobramentos do racismo através de uma perspectiva local. “A obra apresenta singularidades que buscam compreender o mito da democracia racial”, afirma o diretor da produção, jornalista e geógrafo, Maurício Hermann de Souza.
A produção explora o racismo como estrutura, refletindo sobre as perspectivas do presente e projetando caminhos para a construção de um futuro antirracista.
A primeira exibição do documentário ocorreu na sede da escola de samba da Vila Santana, um dos pilares da história do povo preto em Itapetininga.
O documentário apresenta depoimentos de diferentes representantes da população negra, com o objetivo de fortalecer a identidade coletiva e o senso de pertencimento comunitário, explorando o conceito de “aquilombar”.
Para Luiz Fernando Valle, professor de história e um dos entrevistados, “quando você começa a invisibilizar algumas pessoas, elas passam a deixar de existir”, reforçando a necessidade de resgatar histórias apagadas pelo tempo.
Carla Monteiro, jornalista e também entrevistada no documentário, enfatizou a importância do resgate histórico para a valorização das contribuições da população negra. “Esse tipo de publicação reforça a necessidade de discutir e fortalecer o resgate histórico da construção da sociedade, destacando as pessoas negras e suas contribuições, que são delas por direito”, pontuou.
Monteiro também ressalta que “não queremos que nossa história seja apenas sobre luta, mas também sobre ocupar espaços e saborear conquistas que nos pertencem”.
Ainda de acordo com o diretor Hermann, a ideia é que o material seja liberado nas plataformas digitais. Para acompanhar novas datas de exibição do documentário, basta acompanhar a página da produção no Instagram @floema_comunicacao . O documentário foi produzido com o incentivo da Lei Aldir Blanc.
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