As escolas públicas de Itapetininga, de 6º ao 9º ano do ensino fundamental registraram média 5,5, no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) 2023. Apesar de melhorar a nota anterior (5,3), ainda não atingiu a meta estipulada que é 6. Estes dados foram divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC).
Conforme as provas Saeb, que compõem o Ideb, os piores resultados foram em matemática. De acordo com especialistas, os efeitos persistem da pandemia. Segundo o analista Daniel de Bonis, diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann, as redes de ensino que investiram em recomposição de aprendizagem, com cargas horárias estendidas, ou práticas de nivelamento de grupos de alunos, puderam corrigir distorções.
Três escolas empataram em primeiro lugar, com nota 6,1, as estaduais Adherbal de Paula Ferreira, Profª Ernesta Xavier Rabelo Orsi e Profº Elisiário Martins de Mello. O desempenho da Elisíário pode ser considerado o mais satisfatório, já que em 2019 havia anotado 5,3. Por sua vez, a Ernesta já atingiu a meta do MEC que é, para aquela unidade, 5,9.
As escolas com as menores notas, conforme o Ideb, foram: Profª Maria De Lourdes Barreiros Carvalho (4,8), Jair Barth (4,9) e Desembargador Bernardes Júnior (4,9). Das 23 escolas estaduais participantes dos exames, quatro tem rendimento maior ou igual a 6; já 16 escolas, ficaram entre 5 e 5,9; porém, três unidades escolares apresentam média abaixo de 5.
Ensino médio
O ensino médio ainda segue estagnado com Ideb 4,6. Esse é o nível de educação mais desafiador, afirmam especialistas. O município não registrou progresso e segue com patamar baixo de aprendizagem. A melhor nota do Ideb em 2019 , com 4,7,
O destaque foi a Etec Darcy Pereira de Moraes, da Chapadinha, que ficou entre as 100 melhores do estado de São Paulo, com pontuação 5,7. Porém, segue também abaixo dos anos anteriores e da meta estabelecida pelo MEC. Em segundo lugar ficaram empatadas as escolas estaduais Profª Ernesta Xavier Rabelo Orsi com a Adherbal de Paula Ferreira, ambas com média 5,2.
O Ideb confirma que “os impactos da pandemia foram tão grandes que os resultados de aprendizagem são inferiores aos pré-pandêmicos, o que liga sinal de alerta porque basicamente perdemos quatro anos na educação por conta da pandemia”, afirma Ivan Gontijo, gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação.
Ele explica que os novos programas como Pé de Meia, Novo Ensino Médio, novo Fundeb e a Criança Alfabetizada – são políticas recentes. Ainda não conseguiram trazer os resultados almejados em relação aos indicadores de aprendizagem, afirma o gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação.
O que é Ideb
O Ideb é medido a cada dois anos e apresentado numa escala que vai de zero a 10. A meta é alcançar a média 6. O índice é composto pelas taxas de aprovação, notas do Saeb, uma prova de português e de matemática feita por alunos do 2º e 5º ano do ensino fundamental.