O Brasil receberá, pela primeira vez na história, um jogo da NFL, que é a liga de futebol americano dos Estados Unidos. A informação é que a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, será palco de uma partida da temporada regular no segundo semestre de 2024. A iniciativa faz parte do projeto da NFL de expandir esse esporte pelo mundo. E em Itapetininga, o jovem Lucas Pandorf, de 16 anos, já está atento a essa oportunidade. A partida será em 6 de setembro.
Pandorf dedica-se entre treinos do futebol americano, em Piracicaba e flag football, em sua cidade natal. Ele relata que seu interesse pelo esporte iniciou de maneira inesperada. “Tudo começou quando minha avó me deu uma bola de futebol americano. Eu fiquei surpreso e feliz, mas acabei guardando. Um dia, navegando pelo Instagram, vi um vídeo dessa modalidade e me encantei”, relembra.
Ele equilibra sua rotina de treinos entre as duas modalidades: “No sábado, treino futebol americano e na quarta-feira, flag football. Esses treinos são fundamentais para mim.” Além disso, ele recebe orientação profissional por meio de uma consultoria especializada. “Eu sigo a planilha da RFA (Rio Football Academy), do Patrick Dutton, fundador da RFA e especialista em recebedores do Brasil Onças. Tenho gostado muito, os treinos de potência e gerais têm me ajudado bastante, e já percebo minha evolução.”
Com o sonho de realizar um intercâmbio para jogar fora do Brasil, Pandorf tem planos para sua carreira no esporte. “Estou pensando em ir para os Estados Unidos, mas se não der, considero a Alemanha. O intercâmbio é muito valorizado no esporte, com muitos campeonatos. Quero estar presente lá.”
Embora os treinos exijam sacrifícios, Pandorf está determinado a manter um equilíbrio entre seus estudos e o esporte. “É um sacrifício, mas quando você quer algo, precisa abrir mão de outras coisas. Meus estudos foram prejudicados por conta de um campeonato em que foquei exclusivamente no esporte, mas agora estou me ajustando para me dedicar a ambos.”
O atleta vê o futebol típico dos EUA como um esporte com grande potencial de crescimento no Brasil. “Acredito que o futebol americano pode ser muito bem aceito aqui. O problema é que ainda não é muito conhecido e os equipamentos são caros, o que afasta as pessoas. Mas avalio que, em 10 anos, teremos várias ligas importantes e mais times participando.”
Para o futuro, Pandorf tem metas claras. “A curto prazo, quero conquistar um título estadual ou nacional tanto no flag football, quanto no futebol americano”, comenta. O flag football é uma variedade do futebol americano do futebol americano, com menos impacto.
Ele também menciona um campeonato importante. “O Campeonato Paulista de flag football, que aconteceu no dia 18 de agosto foi um grande marco. Nosso time tinha muita chance de ganhar, mas perdemos no final. Esse campeonato ficou na minha cabeça. É triste, mas também me fez entender o que o time precisa melhorar.”