Nos últimos anos, Itapetininga tem registrado um crescimento expressivo no número de academias, refletindo uma tendência em busca de saúde, bem-estar e socialização. A prática de atividades físicas, antes associada exclusivamente à estética, agora se destaca como uma estratégia de prevenção de doenças e promoção da qualidade de vida. Redes de academia também iniciaram seus trabalhos na cidade. Já são cinco grandes redes, o que demonstra o crescimento dessa atividade.
O proprietário de uma academia na Vila Rio Branco e bacharel em Educação Física, Hudson José de Almeida, observa uma mudança significativa no perfil dos alunos. “O aumento mais significativo é entre idosos e adultos, preocupados com saúde e qualidade de vida. Enquanto jovens ainda encaram atividade física de forma mais passageira. Mas a faixa etária predominante fica entre 20 e 30 anos”.
Com apenas dois anos de funcionamento, em sua opinião, a pandemia do Covid-19 também foi um fator determinante para o aumento da procura por academias. “Despertou nas pessoas a importância do autocuidado e da prevenção de doenças”, explica. Ele ainda ressalta que o movimento aumenta significativamente no verão e no fim do ano, devido às férias escolares e ao desejo de melhorar a forma física.
De acordo com o consultor de negócios do Sebrae Itapetininga, Eduardo Mantovani, o crescimento do setor em Itapetininga vai além da saúde física. “As academias se tornaram espaços de socialização, o que atrai frequentadores de todas as idades. Além disso, a insegurança pública leva muitos a preferirem ambientes internos e controlados.”
Mantovani também destaca a diversificação do mercado. “Há academias especializadas para mulheres, idosos e neurodiversos, além de modalidades específicas. Isso amplia a inclusão e a acessibilidade.” No entanto, ele alerta que empreender nesse segmento requer planejamento cuidadoso. “Para os clientes, o cenário é positivo, pois como já mencionado, melhora a qualidade de vida em todas as faixas etárias. E também está ligado à maior acessibilidade, tanto em termos geográficos, com academias se expandindo para bairros e regiões diversas, quanto no nível de preços, promovendo maior inclusão”.
No entanto, para os empreendedores, existem desafios importantes. É fundamental dimensionar corretamente os investimentos e os custos fixos, como aluguel, para evitar problemas financeiros, mesmo com bom movimento. Assim, avaliar a proposta de valor da academia, sua capacidade de atendimento, os preços praticados e manter uma reserva de capital até atingir o número mínimo de alunos necessário para a sustentabilidade do empreendimento são passos essenciais”.
O engenheiro de computação, Lucas Kiyoshi, de 24 anos, começou a frequentar a academia em 2023 para melhorar sua saúde mental. “Minha principal motivação foi desestressar e controlar a ansiedade. A atividade física impacta positivamente outras áreas da minha vida, trazendo mais disposição para o dia a dia.”