Para ampliar o imóvel, buscar financiamento é uma solução para finalmente ter uma casa mais confortável. No entanto, a Proteste, uma entidade de apoio ao consumidor, alerta para os riscos que devem ser avaliados antes da contratação junto ao banco. Um dos problemas é o longo prazo que alcança 238 meses. Além disso, quem não paga pode poder o imóvel que será executado e penhorado.
Quanto maior o prazo, maior será o gasto para liquidar a dívida. Por isso, o mais importante é verificar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento. O Custo Efetivo envolve as taxas de juros, impostos e taxas de abertura de crédito e cadastro. Quanto menor o CET, menor será o custo do crédito ofertado.
Para descobrir o CET multiplique o valor da parcela (se for fixo) pelo número de meses. Você terá a taxa de juros efetiva, incluindo as taxas, seguros, impostos e taxas de abertura de crédito. Em muitas publicidades, mesmo em que as taxas de juros oferecidas são de zero por cento, o preço final do produto sofre aumento.
Nos veículos, só é percebida nas letras minúsculas dos anúncios. Nas lojas, após a concretização da compra. Nos financiamentos bancários, as agências são obrigadas a esclarecer o custo final.
O principal objetivo do CET é conferir maior transparência às operações de crédito, informando ao consumidor todos os custos que incidem na operação antes deste contratá-la. Além de conhecer o custo real, o CET possibilita a análise e comparação entre diferentes empresas ou operações de crédito. Assim, o cliente adquire o poder de uma decisão mais detalhada e acertada, que atenda de fato as suas necessidades.
Por isso, evite comprometer mais de 30% de sua renda com financiamento. Ou seja, se uma pessoa recebe R$ 1 mil, só deverá dispor de até R$ 300. Porém, é necessário avaliar que será de longa duração e as mudanças de emprego podem ocorrer. “Prudência é o melhor remédio”, afirma o economista.
“Não se empolgue muito, pois na tentativa de reforma e ampliar a casa, sem recursos, você terá que vendê-la para saldar a dívida”, orienta. Faça uma pesquisa minuciosa entre as instituições bancárias, sempre verificando se o que está sendo oferecido cabe no seu orçamento mensal. “Banco é banco”, avisa.
Construcard
No caso do Construcard, o prazo de pagamento não é curto e pode chegar até 238 meses. Não é preciso avalista ou fiador. Apenas é feita uma avaliação de crédito e de renda. A Caixa irá determinar qual o valor máximo que poderá ser liberado no Construcard, o prazo para pagamento e a taxa de juros. “Mas atenção, o bem pode ser penhorado e ser levado para execução judicial, caso as parcelas não sejam pagas”, informa o economista.
Recursos
No último dia 8, a Caixa informou que disponibilizou R$ 7 bilhões para financiar a compra de material de construção no programa Construcard até o final de 2017. A linha de crédito para financiamento de material de construção oferece taxa de juros promocional de 1,95% ao mês para clientes com mais de seis meses de relacionamento.
O cliente contrata o financiamento nas agências da Caixa, recebe o cartão na hora e pode realizar as compras no dia seguinte. Por SMS, os clientes podem receber informações sobre saldo disponível e compras realizadas. Além disso, poderão baixar um aplicativo para consulta de extrato, saldo e até a realização de bloqueio e desbloqueio do cartão. Mas atenção, a mão de obra dos serviços não pode ser paga com o cartão.
Até o sexto mês após a contratação, o cliente pode utilizar o cartão para comprar o material e paga somente os juros sobre as compras realizadas. Após esse período, o consumidor começa a pagar as parcelas do financiamento, que serão fixas e debitadas da conta corrente conforme o crédito utilizado. O cartão só pode ser usado nas lojas conveniadas e é automaticamente bloqueado quando o período de seis meses de utilização terminar.