Na busca de tentar fazer a economia voltar a crescer ainda no final deste ano, o governo Dilma planeja lançar linhas de crédito em torno de R$ 50 bilhões por meio de bancos públicos para setores como construção civil, exportador, bens de capital e micro e pequenas empresas.
O valor, que foi anunciado pela presidente na quinta-feira, dia 28, em reunião do Conselhão, ainda não está totalmente fechado e depende de ajustes finais. Não está definido, por exemplo, se o governo vai mesmo lançar nesta semana o uso de parte da multa do FGTS como garantia para crédito consignado de trabalhadores do setor privado.
Entre as linhas de crédito que serão anunciadas na quinta, o governo vai destinar cerca de R$ 10 bilhões para a construção civil com recursos do FGTS, que garante taxas de juros mais baixas do que as de mercado.
O Planalto definiu o setor de construção civil como uma das prioridades nas medidas de estímulo à economia como forma de tentar reduzir o aumento do desemprego.O principal foco das linhas de crédito para construção civil é a área de habitação, com liberação de recursos do FGTS para construtoras que tocam obras do programa Minha Casa, Minha Vida.
Outros setores que serão contemplados com oferta de crédito, a taxas mais baixas do que as de mercado, são: micro e pequena empresa, exportadores e fabricantes de máquinas e equipamentos.
Estes setores serão beneficiados por meio de linhas de crédito do BNDES, que podem ficar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões. Estes empréstimos terão correção pela TJLP (Taxas de Juros de Longo Prazo), hoje de 7,5%, mais um “spread” –a taxa final deve ficar entre 15% e 18%.