Juliana Cirila
No último dia 13 de novembro, faleceu em Itapetininga Joani de Oliveira, recém-completados 61 anos, seu amor pela música surgiu ainda na infância por influência do seu padrasto e músico e maestro José Carlos Soares, que o conduziu ao mundo da música.
Desde muito pequeno Oliveira frequentava os ensaios da Banda Lira de Itapetininga onde aconteceu sua inicialização musical, suas apresentações publicas começaram com o musico tocando repique e posteriormente trocou para os instrumentos de sopro, como Clarinete e Saxofone, sendo o último seu instrumento favorito.
Ao longo da vida o musico participou de várias bandas junto com amigos, mas sua paixão era a Banda Municipal Edil Lisboa onde foi maestro de 1996 a 2016, nesse mesmo período se formou no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí.
Em sua liderança pela Banda Municipal promoveu a diversificação do repertorio da Banda, o que possibilitou no ano de 2000 o 3º lugar no Estado de São Paulo, em sua categoria em um concurso promovido pela Secretaria de Cultura do Governo Paulista e em 2004 os músicos foram agraciados pela Câmara de Vereadores do Município, com a Medalha de Honra ao Mérito “Dr. Júlio Prestes de Albuquerque” em reconhecimento pelos serviços prestados.
Oliveira contribuiu com seu dom musical para a cidade e acabou ajudando a promover a cultura de bandas na cidade, participou de vários eventos, excursionando pelas cidades de todo interior do Estado de São Paulo e alegrando a população.
Mais nem só de música foi a vida do maestro a irmã mais nova do músico Aline Silva Soares Oliveira de 41 anos, guarda na memória uma lembrança ainda da infância. “Quando recebi a notícia da morte do meu irmão a primeira lembrança que veio da minha cabeça, foi do meu aniversário de três anos, minha mãe fez um bolo em forma de coração e ele que decorou o bolo, mas como eu era criança, não parava de querer comer a decoração do bolo, então ele se trancou no quarto para poder finalizar o bolo e eu ficava olhando pelo buraco da fechadura.”
Já a irmã mais velha Leni de Oliveira de 66 anos, conta que perdeu muito mais que um irmão. “Ele era meu amigo, companheiro e confidente, além de irmãos carnais também éramos irmãos de alma, a morte dele deixou um imenso vazio em minha vida, mas que se Deus quis assim, Ele sabe o que faz, mas a saudade será eterna.”
Para a família e amigos Oliveira ficará na memória como alguém divertido, boêmio, que gostava de música boa e poucos e bons amigos.
*Sob supervisão Carla Monteiro