Com a chegada da tradicional páscoa, muitas famílias começam a se preparar para tal ocasião, marcada pelas compras de ovos de chocolates. Antes mesmo da pandemia, os ovos caseiros já chamavam a atenção do consumidor. Durante a pandemia, a palavra mais usada na sociedade, atualmente, é reinventar. E para conseguir renda extra, confeiteiras apostam em novos métodos para atrair mais clientes, apesar das dificuldades econômicas provocadas pela Covid-19.
“Sempre gostei de fazer doces, vendia brigadeiros e na Páscoa de 2017 resolvi fazer os ovos para minha família, deu tão certo que no ano seguinte comecei a vender. Acho que com a pandemia, os ovos caseiros ajudam na questão de não precisar sair de casa para comprar, principalmente quem faz entrega, e principalmente pelo preço dos ovos tradicionais no mercado, que não estão mais tão acessíveis”, disse a monitora infantil Vitória da Silva Muller.
A também confeiteira que vende, em média, 25 a 30 ovos por ano também comentou como a pandemia afetou sua produção. “A maior dificuldade para mim, é o valor dos ingredientes, que sobe cada vez mais e como não quero deixar de ter qualidade nos meus ovos, e nem cobrar um valor injusto, acabo lucrando. Vendo em média 25 a 30 ovos na páscoa, hoje como trabalho fora, estou fazendo menos, mas sempre faço por encomenda. Além dos ovos, vendo cento de docinhos para festa e caixinhas de docinhos para presente em datas especiais como o dia das mães, dia dos pais e dia dos namorados.”
A pandemia também foi responsável pela busca de uma renda extra para a formanda em engenharia civil, Isabella Ferreira. “A ideia veio ao tentar ter uma renda extra, como nessa época ovos de páscoa tem bastante procura no mercado, decidi investir! Com a pandemia acredito que tudo se tornou mais difícil; com o aumento de preço das coisas e com os salários do mesmo jeito temos que nos regrar e comprar somente o necessário.”
Isabella falou sobre suas dificuldades ao ter começado agora, durante a pandemia. “Acho que a maior dificuldade é investir na mesma proporção das minhas expectativas. Quando decidi investir, imaginei um cenário melhor do que estou vivenciando. Por isso, optei pelos ovos tradicionais, crocantes e trufados. Também vendo cones trufados e bolo de pote. Não tenho expectativas para o ano que vem, só espero que até que tudo melhore.”
Diferença nos preços
Em recente pesquisa feita pelo Procon-SP, na comparação dos produtos comuns entre as pesquisas online de 2021 e 2020 constatou-se que houve, em média, acréscimo no preço médio nos bombons de 7,38% e nos tabletes de chocolate de 8,95%. Já o preço médio dos ovos de Páscoa apresentou decréscimo de 2,05%.
Orientações
A orientação do diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, é para que o consumidor faça a comparação entre os preços praticados por diferentes estabelecimentos. “Como estamos no momento de pandemia, o levantamento deve ser feito em lojas virtuais, considerando a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido. Nas lojas virtuais, é fundamental também levar em conta o preço do frete”, alerta Capez.
É importante verificar com atenção o prazo de validade, a composição e o peso líquido do produto. Produtos licenciados com personagens em geral têm um preço mais elevado, em face do repasse do custo deste licenciamento. Ovos de Páscoa que trazem brinquedos em seu interior devem apresentar em sua embalagem a frase “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”. Também é obrigatória a indicação de faixa etária ou, se for o caso, frase que informe que não existe restrição de faixa etária. O brinquedo deve ter o selo do Inmetro em sua embalagem, identificação do fabricante ou importador (nome, CNPJ, endereço), instruções de uso e de montagem, quando for o caso.