Itapetininga participou do Festival Paralímpico realizado no sábado, dia 21, com a presença de mais de 200 crianças, consolidando a cidade como um núcleo de inclusão e paradesporto na região. O evento contou com um total de 25.661 inscritos, sendo 19.350 pessoas com deficiência, que participaram simultaneamente em 120 núcleos em todos os estados brasileiros. Até então, o maior número de inscritos era de 21.376, registrado no ano passado.
O festival envolveu alunos da Escola Paralímpica de Itapetininga, do CEPREVI, DEISA (professores e crianças da AEES), a APAE, e estudantes de escolas estaduais e municipais, além da Parada Jovem. Este evento ocorre em um período de destaque para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, onde o país alcançou a quinta colocação no quadro de medalhas, com um total de 89 pódios. Essa marca representa a melhor campanha da história brasileira nos Jogos Paralímpicos, superando os resultados de Tóquio 2020 e Rio 2016.
Organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Festival promove o paradesporto para crianças com e sem deficiência, visando incentivar a inclusão social e o esporte adaptado.
A coordenadora e técnica paralímpica do evento em Itapetininga, Eunice Lima, destaca a relevância do Festival como uma forma de divulgar as modalidades esportivas e as oportunidades que o esporte oferece para crianças com deficiência. “É fundamental divulgar as modalidades esportivas e as possibilidades que toda criança com deficiência tem de participar do evento, conhecer o esporte e procurar a escola paralímpica em Itapetininga”.
Ela também ressalta a importância da participação das entidades. “É muito importante que as organizações que atendem crianças com deficiência se envolvam nesse evento, pois é mais uma oportunidade para que essas crianças, que muitas vezes não sabem onde buscar o esporte, tenham acesso a ele”.
Lima ainda enfatiza que o Festival Paralímpico contribui diretamente para a formação de novos atletas na cidade. “O evento agrega à divulgação das modalidades e à formação de novos atletas para a equipe paralímpica local. Temos notado um aumento no número de crianças praticando esporte paralímpico e procurando o projeto, mesmo aquelas que não desejam se tornar atletas. Elas enxergam o esporte como uma forma de terapia e inclusão social, o que enriquece o projeto paralímpico de Itapetininga”.
Um exemplo de sucesso citado pela técnica é a atleta Isadora Lohany, que iniciou sua trajetória nos festivais realizados na cidade, onde conheceu a escola paralímpica e começou seus treinamentos. A atleta foi convocada para a Seleção Brasileira sub-18 e representará o Brasil na Gymnasiade, uma competição mundial escolar, no Bahrein, em outubro. “Tudo começou com os festivais e a divulgação do esporte paralímpico em Itapetininga”, concluiu a técnica.
Além de celebrar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) e o Dia do Atleta Paralímpico (22 de setembro), o Festival tem como objetivo promover a inclusão e o esporte adaptado. A oitava edição está programada para o dia 7 de dezembro, em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.