Carla Monteiro
A primavera começou oficialmente nesta segunda-feira dia 23, e o inverno de 2019 se despediu com uma estatística preocupante. A estação registrou um aumento de 20% no número de queimadas em relação ao inverno de 2018. De acordo com dados de ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros de Itapetininga e cedidas ao Jornal Correio, em 2018 de junho a 22 de setembro a corporação atendeu 196 ocorrências de fogo em mato. Já no mesmo período deste ano foram 237 casos.
Nas últimas semanas, ainda no inverno os índices de umidade relativa do ar chegaram a níveis extremos abaixo dos 30%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o índice de umidade relativa do ar ficar abaixo dos 30%, o quadro já é considerado preocupante, pois o nível ideal vai de 60 a 80%.
As condições provocadas pelas queimadas aliadas a baixa umidade relativa do ar no inverno são fatores que podem colocar a saúde em risco.
Outro fator que contribui para os baixos índices na umidade relativa do ar é a falta de chuvas. Dados apontam que no inverno deste ano choveu menos que no ano anterior.
O Jornal Correio conversou com o observador, Wilmo Pires de Olveira, da Secretaria de Agricultura de Itapetininga. De acordo com os dados estatísticos o acumulado de chuva entre os meses junho e setembro (até dia 22) deste ano, inverno, foi de 170,3 milímetros. Enquanto que no ano passado no mesmo período foi de 246,88 milímetros.
De acordo com a Lei Federal Nº 9.605/98, qualquer atividade que cause poluição ao meio ambiente e danos à saúde humana, como queimadas em lixo, matas e lotes vagos, se configura como crime ambiental. Se pego em flagrante, o autor é conduzido à delegacia e recebe multa.