A cidade de Itapetininga teve no mês de junho queda no saldo negativos entre pessoas admitidas e desligadas. Respectivamente, 2.000 e 2.339 pessoas, o que representa 339 trabalhadores desempregados. O resultado é o pior do ano de 2022 registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O setor que mais demitiu no município foi o de serviços e em seguida, o comércio. Na contramão deste contexto a indústria foi a que mais contratou seguida pelo setor agrícola.
O saldo do agrupamento de atividades no setor de serviço admitiu no período 717 trabalhadores. No entanto, foram desligados 1.243, saldo negativo 526 desempregados. No Estado de São Paulo houve um índice positivo de 0,47% e na cidade uma queda de mais de 5%. É pior resultado do ano. O outro valor negativo foi no mês de fevereiro e marca 26 desligamentos.
A faxineira Marcia Dias contas que em junho foi demitida. Ela conta que trabalhava como faxineira em uma empresa terceirizada que atendia algumas empresas da cidade e região. “Eles me mandaram embora alegando que perderam alguns dos clientes e tiveram que diminuir o número funcionárias”, relata a trabalhadora que está recebendo o seguro desemprego.
Outro setor que fechou o mês de forma negativa é o comércio. Diferentemente da área de serviços, apesar de ter 524 desligamentos, o número de admissões foi 522, ou seja, saldo negativo de menos 2. No Estado de São Paulo, houve um aumento de 0,47% de empregados no setor, enquanto Itapetininga houve uma queda 0,02%.
O setor da agropecuária teve um balanço positivo. Foram 295 pessoas admitidas e 207 desligados. O saldo positivo é de 88 trabalhadores com um novo emprego. A construção civil apresenta também índices favoráveis, em número foram 112 contratados e 91 desligados, alta de 1,27%.
O pedreiro Luiz Júnior conta que acabou de conseguir uma recolocação no mercado trabalho. “Fiquei até o mês de junho de desempregado. Há dois meses consegui ser contrato para trabalhar em uma empreiteira. Estou no período de experiências, mas quero se consigo ficar, pois a situação no mercado de trabalho de trabalho não está nada fácil”, alerta.
O economista Márcio Aleixo explica que o quadro geral da economia não apresenta um momento favorável para aumento de empregos, com a inflação ainda acelerada, e o aumento consecutivo da Taxa SELIC, isso torna cada vez mais custoso, tanto empregar como empreender. “A inflação também afeta negativamente os empresários, que tem que vender seus serviços e produtos ao tentar acompanhar a inflação e diminuir margem em muitos casos”.
Ainda de acordo com o economista, mesmo que em Itapetininga a gente tenha observado a chegada de grandes empresas, a onda de empregos indiretos que essas empresas trouxeram passou. “Neste momento vamos ficar com os empregos diretos, os números que vão estar fixados por um tempo, até a decisão das empresas de aumentar seu quadro ou não, mas acredito que em conjunto também com o panorama geral da economia atual contribua para esse quadro”.
Contramão
Ainda conforme o Caged, junho foi o segundo mês com em que houve mais criação de vagas em 2022, atrás apenas de fevereiro (328,5 mil). Apesar disso, o resultado divulgado na última é inferior àquele registrado no mesmo período de 2021 (317,8 mil). No país, todos os setores tiveram saldo positivo na geração de empregos e neste mês, Itapetininga os serviços e comércio apresentaram saldo negativo.
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