Juliana Cirila
Uma onda de furtos tem assustado moradores e comerciantes que residem na região central de Itapetininga. Além disso eles alegam que houve um aumento de moradores em situação de rua e pedintes no local. Muitos moradores também reclamam de intimidação por partes dos pedintes quando não recebem dinheiro da população.
O cabelereiro Felipe Santos Pires conta que teve seu salão invadido na madrugada de domingo, dia 17. “O meu estabelecimento é o ultimo da Benjamin Constant, pelas imagens conseguimos identificar que é a mesma pessoa que vem praticando furtos na região. Pelas imagens dava para perceber que ele quebrou o vidro do salão com um tijolo e entrou no local”.
Pires também contou uma situação anterior que o deixou bastante assustado. “Um dia eu fui até uma lanchonete comprar alguma coisa para comer e na volta cruzei a praça da Igreja da Matriz, quando eu ouvi me chamarem, ao me virar um morador de rua ainda falou: “Nossa você não está trabalhando hoje é, faz tempo que eu não te vejo no salão”. Eu fiquei tão assustado com isso porque como que eles sabiam meu nome e se eu estava trabalhando ou não”.
O cabelereiro ainda relatou que já deixou o ponto comercial e que todas as suas coisas do salão estão espalhadas pela sua casa. “É tão triste sabe, é difícil conseguir as coisas, nos manter, para depois de conquistarmos tudo vem alguém e destrói, isso é algo que me deixa indignado”.
“O que acontece que durante o dia eles tem assistência da Casa Rais, se alimentam por lá, o problema é a noite que eles começam a usar droga e fazem qualquer coisa por qualquer moeda. Está terrível ali, teve um senhor que chamou a policia porque um morador de rua tentou invadir a sua casa após o mesmo se negar a dar dinheiro. Fora as provocações e intimidações que nós estamos sofrendo”, relatou Pires.
A comerciante Erica Agapito comentou que a situação está complicada. “Desde colocaram a Casa Rais, os moradores do centro vêm sofrendo, é uma região com bastante idosos e desde o centro está tomado de moradores de rua. No meu comercio se tornou comum encontrar latinha queimada que eles usam para o consumo de droga, o centro da cidade está largado”.
A comerciante ainda relata que quando entraram no seu estabelecimento o alarme acionou o que automaticamente ligou as câmeras de segurança. “Nesse meio tempo o segurança que faz o monitoramento ligou para a policia que afirmou que só poderia chegar ao local se o proprietário estivesse lá, cheguei em dez minutos e no local fiz mais duas ligações, mas a Polícia Militar demorou mais de uma hora para chegar”.
Em nota a Policia Militar de Itapetininga informou que é um aumento natural do número dessas pessoas na região central da cidade. Toda quarta-feira a Policia Militar de Itapetininga em parceria com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), realiza as Blitz Sociais com intuito de retiras essas pessoas das ruas.
Ainda em nota a PM alertou a importância de registrar o Boletim de Ocorrência, pois dessa forma pode verificar se houve um aumento de crime em determinada região da cidade.
A Prefeitura de Itapetininga em nota informou a Guarda Civil Militar faz rondas preventivas diariamente nos pontos públicos mencionados e nas demais áreas e prédios públicos e suas proximidades para coibir ações ilícitas e danos ao patrimônio público. Com relação às propriedades privadas, como imóveis residenciais, comerciais ou bens particulares, as denúncias devem ser imediatamente direcionadas à Polícia Militar e Polícia Civil.
Ainda em nota a Casa Rais trata-se de um serviço para a reinserção à sociedade de moradores em situação de rua, com oficinas, atividades, lavanderia, além do atendimento o atendimento especializado dos profissionais da secretaria da Promoção Social, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) que, entre outros serviços, buscam restabelecer os vínculos familiares.
Muitas vezes resistentes à permanência no SOS – Serviço de Obras Sociais, que continua em funcionamento normalmente, o formato de atendimento da Casa Rais surge como mais uma opção aos moradores em situação de rua que buscam abrigo e conforto.
*Sob Supervisão Carla Monteiro