Laura Oliveira
O Dia Nacional dos Animais é comemorado no dia 14 de março, visando a conscientização das pessoas sobre os cuidados que devem ser dados a eles, sendo domésticos ou selvagens. O Brasil possui mais de 139 milhões de animais de estimação, de acordo com números levantados pelo IBGE e atualizados pela inteligência comercial do Instituto Pet Brasil. Por outro lado, o país também alcança a marca de 3,9 milhões de animais em condição de vulnerabilidade.
“Adotar é importante, pois, esses animais não tem ninguém por eles. Se não tivessem ONG’s protetoras, eles estariam à mercê da própria sorte. Infelizmente temos um estado elevado de abandono, maus tratos, negligencia. Acho que a situação estaria pior se essas ONG’s não existissem”, disse Fernanda Nery, presidente voluntária da UIPA.
Já Adriana Plens, vice-presidente da Associação Mia Dotty Proteção Animal, deu uma opinião parecida com a de Fernanda. “É preciso adotar e não comprar por vários motivos: não alimentar o comércio de vendas de animais, dar chance a um animal abandonado de ser feliz e ter um lar responsável, diminuir o número de animais errantes. Quando se adota um animal de uma ONG, você abre espaço para que outro seja recolhido e cuidado. Além disso, é importante conscientizar a população de que todos são únicos e sabem amar da mesma maneira.”
Ao ser questionada sobre a comercialização de animais, Fernanda respondeu que há diversos abrigos com diversos animais prontos para dar e receber carinho da mesma forma. “A compra incentiva a comercialização de animais. Incentivando essa comercialização, incentiva também que o funcionamento de canis clandestinos continue, sem responsabilidade, sem autorização do Custo da Mercadoria Vendida (CMV) e sem acompanhamento veterinário. Os abrigos de animais estão super lotados, ao invés de pagar por um animal, que a pessoa acaba abandonando da mesma forma, ela tem a chance de adotar um animal que não precisa pagar e assim acaba ajudando um abrigo com super lotação.”
A presidente também comentou sobre o número de adoções durante a pandemia. “No início da pandemia, o número de adoções aumentou. Em agosto tivemos o maior número de adoções da história da UIPA Itapetininga, em mais de 30 anos de serviço, mas infelizmente, depois as adoções caíram novamente. Acreditamos que o motivo por trás disso sejam os problemas financeiros e psicológicos que as pessoas estão passando, o que acaba sendo uma contra partida, pois, foi comprovado cientificamente que um animal salva, cura depressão, solidão, ansiedade e afins.”
“Durante a pandemia, para nós, não houve queda no número de adoções, haja vista que a missão da ONG é encontrar lares de amor e responsabilidade para os resgatados. Todos aqui estão para adoção. Porém, sentimos falta de não podermos fazer as feiras que muito estimulam a adoção, por conta da pandemia”, disse Adriana.
Ambas as ONG’s reforçam que aceitam doações de ração e medicamentos, pagamento de castrações, comprar os produtos personalizados como camisetas, canecas, cadernos, agendas, doar roupas, sapatos e utensílios domésticos para bazares e rifas. A UIPA também irá abrir um processo seletivo, após a pandemia, para novos voluntários.