Juliana Cirila
Com a aposta em um time jovem o Vôlei Itapetininga tem se destacado na na Superliga Masculina de Vôlei, que é o principal torneio da modalidade no país. Até a tarde desta quinta-feira, dia 26, o time aparecia como quinto colocado na tabela da competição, os oito primeiros se classificam para os play-offs.
(em tempo: o Vôlei entra em quadra na noite desta quinta-feira pela sexta rodada da Superliga contra o Taubaté – mas como não tivemos o resultado até o fechamento desta edição, você confere todos os detalhes da partida na próxima semana e no nosso site)
Esta é a terceira participação do vôlei na Superliga, para a atual edição a equipe apostou em atletas mais jovens. Nesta semana O Jornal Correio acompanhou o treino do time e conversou com alguns atletas e com o técnico.
O técnico Pedro Uehara, mais conhecido como Peu, começou sua carreira como técnico na categoria de base em São Caetano em 1998, foi quando teve a oportunidade de ir treinar um time adulto amador de Joinville. Dessa oportunidade surgiu um convite para trabalhar com o ex-jogador de Vôlei Giovane Gávio. A parceria percorreu alguns clubes, incluindo o Sesi time de São Paulo e o Sesc time do Rio de Janeiro, até chegar ao Vôlei Itapetininga, hoje já está em sua segunda temporada no time itapetiningano.
O técnico enfatiza que não é fácil manter um time na competição. “Tem times de cidades maiores que tentaram e não conseguiram mantem um time e Itapetininga mesmo pequena e com o time recente já está na quarta temporada, esperamos que esse projeto dure para sempre, não é fácil, é uma batalha. O bom é que a cidade está crescendo e esperamos que o time também cresça junto.”.
O meia Johan Marengoni, de 25 anos, já está em sua 2ª temporada da Superliga pelo time de Itapetininga. Na temporada passada foi considerado o terceiro melhor bloqueador da competição, seu primeiro contato com o esporte foi na escola onde começou pelo futebol, porém por conta da sua altura seu professor lhe apresentou o vôlei.
“Após o termino do Ensino Médio, fui jogar a taça Paraná, onde times de referencia jogavam contra os times de base, em um desses jogos contra o Sesi eu fui chamado para uma peneira e acabei passando. Me formei nas categorias de base do Sesi, passei para a equipe profissional, fiquei por dois anos e fui jogar em Maringá”.
O ponta Guilherme Emina, de 26 anos, é um dos mais velhos do elenco e também capitão do time. O atleta está em sua segunda passagem pela equipe de Itapetininga e contou um pouco da sua trajetória. “Comecei no Centro Olímpico, que fica perto do Parque Ibirapuera em São Paulo. Eu era uma criança que gostava de fazer todos os esportes e como a minha tia trabalhava lá, ela me contou sobre a peneira de vôlei que ia acontecer. Na verdade, eu fui por causa do lanche que tinha após os treinos”, brinca.
Após quatro anos jogando no Centro Olímpico, jogou por mais cinco anos no Sesi, depois disso começou a jogar no adulto, onde percorreu por diversos times em várias cidades. Em Itapetininga jogou por dois anos, logo quando a equipe foi montada em 2017, após isso ficou uma temporada jogando no Qatar e voltou para Itapetininga nessa temporada, no qual conta com a visibilidade para chegar a Seleção Brasileira.
O meia Thales Falcão, de 24 anos, está no vôlei profissional há seis anos, nascido em Sena Madureira no interior do Acre, ele conta que até os 18 anos trabalhava como vendedor de moveis. O esporte veio como uma forma de aliviar um pouco os estudos já que sonhava em passar em algum concurso para mudar a vida de sua família.
“Na minha trajetória tudo foi muito rápido, em seis meses fui convidado para jogar pelo time da capital Rio Branco, e quando fui convidado para participar de um jogo em Porto Velho tinha um olheiro que me convidou para jogar vôlei em Castro no Paraná”, relembrou.
Atualmente Falcão também é terceiro sargento no Exército Brasileiro e defende a seleção brasileira militar em competições esportivas. O atleta também contou que é a pessoa mais famosa de sua cidade que tem cerca de 30 mil habitantes. O meia relembra aos risos que, quando tira férias, nunca almoça em sua casa, sempre tem algum convite para almoçar na casa de alguém.
*Sob supervisão Carla Monteiro