Os partidos políticos e coligações já montam lista para disputar uma das 19 cadeiras de vereador. A previsão é que 341 nomes disputem a vaga ao Legislativo de Itapetininga. São 18 candidatos por vaga. Semelhante à disputa de concurso público ou vaga para universidade. O número é menor que em relação às eleições de 2020, quando 429 pessoas pediram voto, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O número ainda pode reduzir, já que a Justiça Eleitoral precisa aprovar a documentação do registro e é comum que ocorram candidaturas inaptas e desistências. Na eleição municipal anterior, 21 concorrentes tiveram menos de 10 votos, conforme dados do site do TSE. Quanto maior o número de candidatos, maior a dificuldade de obter um único voto. Afinal, em função de a cidade ter porte médio, a disputa fica cada vez mais acirrada entre as lideranças nos bairros.
O prefeito Jeferson Brun (Republicanos) terá a coligação “Itapetininga no rumo certo” com 220 candidatos com as legendas: MDB, União Brasil, PSB, Novo, Solidariedade, PDT, Podemos, Progressistas. Avante, PSD, Solidariedade e Republicanos. Paula Granato (PV) da Coligação “Brasil da Esperança” lançou candidatura de 21 vereadores. Terá o apoio do PSOL, PT, Rede e PCdoB.
Já Milton Jr (PL), da sua coligação “Coragem pra Mudar”, terá 85 candidatos a vereador que integra os partidos PL, PRTB, Mobiliza, Agir, Democracia Cristã e PR. Osmar Thibes (PSDB) terá 20 nomes ao Legislativo pelas legendas Cidadania, PMB e PSDB.
Embora muitos candidatos prometam obras, a função do vereador é outra: fiscalizar a atuação do prefeito e os gastos da prefeitura, explicam especialistas em Direito. Cada vereador deve zelar pelo bom desempenho do Executivo e exigir a prestação de contas dos gastos públicos. Os vereadores de Itapetininga devem acompanhar os gastos do orçamento municipal que ultrapassará no próximo ano R$ 800 milhões.
Outra função é ouvir as reclamações da população para melhorar a qualidade de vida. São os vereadores que propõem, discutem e aprovam as leis a serem aplicadas no município. De acordo com especialistas da área política, a profissionalização do trabalho de vereador impulsiona a corrida eleitoral.
“Infelizmente, o que atrai é a remuneração”, completou o analista. Os vencedores dessa maratona eleitoral serão premiados com um salário mensal de R$ 5.810 por mês por quatro anos. Em troca deverão participar obrigatoriamente de duas sessões semanais com duração média de duas horas. Entre os benefícios estão o direito de contratar um assessor, além de sala, telefone, computador, carro para viajar, diárias e, sobretudo, o “poder”.