Laura Oliveira
As vendas de máquinas agrícolas aumentaram na cidade. De acordo com a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no mês de outubro, tiveram uma alta de 7,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e outubro desse ano foram comercializadas 37.808 unidades do setor, registrando um aumento de 1,6% no comparativo anual.
Sérgio Henrique de Oliveira Rodrigues, gerente de uma concessionária de máquinas agrícolas, disse que o mercado acabou superaquecendo com a chegada da pandemia. “Por conta das demissões em lugares onde as peças das máquinas eram vendidas, o mercado acabou superaquecendo e não tínhamos máquinas para entregar. Mesmo assim, tivemos um aumento muito grande nas vendas. Temos máquinas para entregar até abril do ano que vem.”
O gerente disse ainda que atende agricultores do pequeno, médio e grande porte e que os modelos vendidos são diversos. “Temos máquinas de 70 a 200 cavalos. Atendemos produtores de soja, batata, frutas e não só daqui da cidade, mas também de toda a região.”
Segundo dados da Anfavea, houve uma queda de mais de 18% na produção dessas máquinas nos dez primeiros meses de 2020. “Com a pandemia, os preços das máquinas acabaram subindo de 18% a 22%, mas ainda sim o agricultor continuou procurando por elas”, completou o gerente.
Para Sérgio, a expectativa para esse fim e começo do outro ano é alta. “Esperamos normalizar as entregas das máquinas e continuar no ritmo que estamos. Tem agricultor de soja já negociando para 2022, o que mostra que estamos no caminho certo.”
O produtor Celso Ventura, que já está no ramo há 45 anos, também comentou sobre o aumento no preço das máquinas. “No ano passado o que você pagava em média 700mil em uma máquina, hoje paga 1 milhão para cima. Os preços subiram consideravelmente e precisamos dessas máquinas, pois, são um de nossos principais instrumentos de trabalho”.
O produtor de soja, feijão, milho e outros grãos ainda disse que os produtores devem ter certo cuidado com suas máquinas. “Cada máquina tem uma área especifica e nos próximos meses, janeiro, fevereiro e março, é a época de colheita da soja, onde costumamos usar mais as colheitadeiras. É importante cuidar de todas as máquinas após o uso, pois, querendo ou não elas também precisam de uma revisão e cuidados.”
As vendas de colheitadeiras ganharam mais destaque no último trimestre por conta da proximidade da colheita da safra do próximo ano. Só o agronegócio é responsável por 25% das vendas de máquinas no Brasil, de acordo com informações da Anfavea.
*Sob supervisão Carla Monteiro