-Everton Dias – Uma equipe formada por cinco alunas do Sesi de Itapetininga, a Robotic Girls, teve destaque num dos principais torneios de robóticas do país. As alunas participaram da First Lego League (FLL), em São Paulo, e criaram um sistema de identificação e monitoração de excesso de agrotóxicos em alimentos. “Tivemos a ideia depois de uma reportagem que mostrava que o Brasil é o País que mais consome comida com agrotóxicos”, explica Alice Galvão, de 12 anos. As alunas das cidades ficaram entre as cinco melhores do país.
Na competição, os times precisam desenvolver pesquisas científicas que colaborem para conservação e segurança dos alimentos. Têm ainda de programar robôs que cumpram 15 tarefas como, por exemplo, capturar um rato, em 2 minutos e meio. Apesar da complexidade da empreitada, todos os participantes da First Lego League (FLL) têm entre 9 e 15 anos.
A equipe foi orientada pelos professores e analistas de suporte em informática Aldo Lima Ricardo e Fábio Henrique Silva. De acordo com o professor Aldo, o projeto de robótica contribui para uma maior participação e integração dos alunos e para o desenvolvimento de habilidades e conhecimento de ciência. Ele conta que os estudantes que tinham dificuldades de aprendizagem melhoraram o desempenho.
“Muitos alunos que participam desse estudo se interessam mais por ciências. Eles se identificam com áreas ligadas a computação ou engenharia, por exemplo. A idéia é capacitar desde cedo os alunos para serem profissionais da industria”, afirma. A equipe é formada pelas alunas Alice Galvão, Ana Laura Antunes, Bruna Carriel Nicoletti, Clara Plens Leonel, Kauany Rodrigues e Maria Gabriela Ortis Vieira.
Criada em 1989, a FLL é um maiores torneios de robótica do mundo. Convida estudantes a realizar pesquisas em torno de um tema de impacto mundial. Já se falou de clima e oceanos, e a proposta da vez são os alimentos. Os estudantes têm ainda de desenvolver e programar os robôs, com base em um manual e peças entregues pela Lego.
Um dos pilares do programa é o trabalho em equipe, o que não significa que alguém entre só para competir. Os alunos são avaliadas pelo projeto, os robôs e a demonstração de espírito de equipe. “É uma experiência transformadora para todos”, defende Mirian Fávaro, diretora do Instituto Aprender Fazendo, responsável pela FLL no Brasil. Pesquisas sobre o impacto dos torneios no exterior mostraram que 69% dos participantes tiveram ganhos em habilidade de escrita e 63% relataram interesse em ser engenheiro.
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