Andrea Vaz – O número de pessoas com sobrepeso no país tem aumentado bastante, principalmente devido à má alimentação e vida sedentária. As consequências da obesidade são diabetes, hipertensão e infarto, além de doenças vasculares.
O gastroenterologista Willian Richard Hamaue conta que o método usado para emagrecimento mudou. “Em outubro, a Anvisa proibiu quase todos os medicamentos para emagrecer. Com isso, o uso do balão gástrico passou a ser um método bastante utilizado.”
Segundo Hamaue, o balão gástrico está no mercado há dez anos. Agora, ele está sendo mais utilizado porque uma empresa desenvolveu um produto que pode ser aplicado em pacientes com Índices de Massa Corpórea (IMC) acima de 27. Nos casos de obesidade mórbida, quando o IMC passa de 40, o método mais recomendável é a cirurgia de redução de estômago.
“O balão gástrico praticamente não tem contra indicações. Ele é colocado no consultório, sem anestesia e sem pós-operatório. Depois do procedimento, o paciente fica mais duas horas em recuperação e pode ir pra casa”, explica o médico. A única contra indicação é em caso deproblemas gástricos, como úlceras, mas“se o paciente não realiza o procedimento por vontade própria, mas sim, por imposição e pessoas próximas, não adianta, pois o tratamento só funciona em pessoas com determinação”, analisa o médico.
Hamaue explica que o balão ocupa a parte superior do estômago, dando a sensação de saciedade. “A pessoa precisará comer menos e mastigar bem os alimentos. Nos primeiros dez dias, é normal ela apresentar vômitos, dor e sensação de estufamento, mas esses sintomas são tratados com medicamentos”.
Além da realização do procedimento, o especialista aponta outros passos importantes para emagrecer. “O acompanhamento é fundamental, pois esse processo requer mudança de hábitos. É uma reeducação alimentar, aliada à exercícios físicos”.
Ao contrário da cirurgia, não há limitação que impeça absorção de nutrientes, portanto o paciente não precisa de um suplemento com vitaminas e outros nutrientes.
Com o balão, o paciente pode levar uma vida normal. “O único exercício que não deve ser feito é jumpping, porque o balão pode se mover. Quanto à alimentação, não devem ser consumidas bebidas alcóolicas ou cítricas, porque podem corroer a parede do balão”, explica Hamaue.
O médico afirma que o balão é seguro. “Colocamos um líquido azul dentro do balão. Assim, se ele se romper, este líquido é absorvido e sai na urina. Assim podemos trocar o dispositivo, sem problemas”.
Hamaue lembra que, embora o procedimento ainda não seja barato, atualmente ele é mais acessível. “Antigamente, ele custava R$ 20 mil, hoje, está em torno de R$ 6 mil”.
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