Lilian Primi – AE- A pesquisa indica o uso de soluções de baixo consumo de energia para aquecer água e ambiente. “No caso da água, não existe sistema mais eficiente que o solar. O calor do sol ainda não custa nada”, diz Douglas Messina, especialista em instalações elétricas prediais e pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais do Instituto de Pesquisa Tecnológica. O limite é a dificuldade de instalação. “Não dá para comprar, ligar e usar. O projeto eficiente depende do local, da insolação e da posição da casa e exige conhecimento de profissional”, diz.
O IPT desenvolve um projeto em conjunto com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), para uso de um sistema híbrido para habitações de baixa renda. “O sistema solar recebe um chuveiro elétrico na ponta, com acionamento automático”, conta. O pesquisador desenvolveu um chuveiro automático, que está instalado no protótipo do IPT e que deverá custar mais barato do que os disponíveis no mercado (Entre R$ 350 e R$ 500). “No conjunto habitacional de Cafelândia estão usando ducha elétrica comum.” Quando o sol não aquecer a água, o morador liga o chuveiro.
DIVERSIDADE
O projeto com o CDHU tornará viável banhos confortáveis para as classes mais baixas. Hoje o mercado oferece sistemas para todos os gostos e bolsos. Desde o sistema elétrico instantâneo até os aquecimentos centrais, com fonte solar, a gás ou elétrica. “Esse último está em desuso. De todos, é o que apresenta conta de energia mais alta”, explica o pesquisador. O gasto é até dez vezes maior do que com chuveiro elétrico. Messina diz que o chuveiro elétrico é ideal quando há baixa pressão ou pouco volume de água. “A pressão vai depender da altura da caixa. Para acionar um chuveiro comum, é preciso pelo menos um metro de coluna”, ensina. Para essas situações, existem modelos que já vêm com pressurizador. Esses produtos podem aumentar a pressão ao equivalente a uma coluna de 2,5 metros.
“É possível também comprar o pressurizador separado do chuveiro, ou ainda um com maior capacidade, para ser instalado na saída da caixa e aumentar a pressão da cada toda”, explica. Antes de escolher esse tipo de pressurizador, é preciso avaliar as condições do encanamento. “Em casas antigas, talvez os canos não agüentem. Podem ocorrer vazamentos”, avisa.
No caso de sistemas centrais, Messina alerta para o problema da falta de água, que aumenta a cada ano. “A tendência é que a água fique tão cara quanto o petróleo. Por isso a pesquisa indica equipamentos que estejam classificados como economizadores de água”.
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