O País tem um grande potencial para utilização de fontes renováveis. Porém, ainda convive com o desperdício e a falta de consciência de grande parte da população.
A biomassa é caracterizada pela matéria orgânica convertida em energia. No Brasil, segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável, Celso Marcelo de Oliveira, os resíduos que têm maiores potenciais como biomassa são a madeira e o bagaço da cana-de-açúcar, produção característica da região de Itapetininga.
“Em relação à cadeia da madeira, 39% é resíduo que poderia ser utilizado para geração de energia. Entretanto, a maior parte destes resíduos fica na natureza sem ser aproveitado”, diz o professor. “No caso da cana, 49% da safra é bagaço. Do total produzido, a maior parte também é desperdiçada e acaba sendo queimada, o que resulta em uma grande emissão de gás carbônico (CO2)”. Este é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.
De acordo com Celso, se 30% do resíduo das plantações de cana-de-açúcar fosse reaproveitado, o produto gerado seria cinco vezes maior do que toda energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu no período de um ano.
“Isto poderia ser feito com a vantagem de que o custo de geração de energia através de biomassa é bem menor do que o de geração de energia elétrica ou a gás. Além disso, as empresas que utilizam biomassa têm 100% de direito ao crédito de carbono”, afirma.
Além de ser totalmente renovável, a biomassa energética também é considerada de baixíssima emissão de CO2. “Ela possibilita sustentabilidade ambiental, econômica e social, contribuindo com a geração de empregos”.
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