-Orestes Carossi Filho – Cada itapetiningano pagou R$ 324 em impostos de início de janeiro até 22 de fevereiro. Em uma família com quatro pessoas, o imposto levou R$ 1.296 nos dois primeiros meses. A cidade desembolsa R$ 10,33 por segundo para sustentar as máquinas públicas. A arrecadação de tributos na cidade alcançou R$ 46,9 milhões neste início de ano. Os dados são do Impostômetro, portal organizado pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo (federal, estadual e municipal) a título de tributos: impostos, taxas e contribuições. Por dia, a arrecadação de impostos alcança R$ 892.664,12. Dinheiro suficiente para construir uma escola pública na cidade. Itapetininga.
A cada ano, aumenta a arrecadação de impostos. Em janeiro deste ano, a receita atingiu 28.285.668,79. Uma elevação de 10% em relação ao ano de 2011, quando a cidade arrecadou 25.589.893,96. Este valor também teve um acréscimo de 11% em comparação ao primeiro mês de 2010, quando a cidade transferiu 22.896.612,79 entre taxas, impostos e contribuições.
Segundo o Impostômetro, a projeção de receita em Itapetininga é de R$ 298.125.680,66. No Brasil, este ano, a mordida dos impostos alcança R$ 298,1 bilhões. A Facesp utiliza os dados da Receita Federal, da Caixa Econômica Federal e do IBGE. Os dados estaduais são apurados com as informações do Conselho Nacional de Política Fazendária e os municípios são as receitas correntes, como IPTU, ISSQN e ITBI.
Tatuí
O imposto arrecadado em Tatuí está próximo de Itapetininga. Cada morador de Tatuí contribui com R$ 376,49 de janeiro até 23 de fevereiro. Por segundo, foi arrecadado na cidade vizinha 8,84. Se a divisão for por minuto, as taxas, impostos e tributos levaram R$ 530,16. Por hora, foram precisamente R$ 31. 809,77. A cada dia, as esferas federal, estadual e municipal consumiram R$ 763.434,57. De janeiro até 23 de fevereiro foram arrecadados R$ 40.816.795,70.
Qualidade
Se o volume de recursos arrecadados cresce, a reclamação da falta de qualidade dos serviços públicos também aumenta na mesma proporção. O aposentado Maurino Flutuoso, 65 anos, aponta ineficiência nos serviços públicos que deveriam ser gerados. “Saúde e segurança são péssimas. As pessoas morrem na fila”, reclama. “O dinheiro deveria ser melhor aplicado”, acrescenta.
Guaraci Freitas, 68 anos, reclama do benefício que é gerado em troca do imposto cobrado. “Deveriam cuidar melhor da saúde. Nas outras unidades demora muito no atendimento”, completa. Freitas acrescenta que “arrecadam de mais para o serviço que é prestado”.