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A Câmara Municipal de Itapetininga “convidou” o vice-prefeito Geraldo Macedo (PSB) a comparecer na próxima segunda-feira, dia 29, para explicar os fatos que envolvem o SAS, empresa que gerencia o Hospital Regional e possíveis negócios que envolvem os secretários municipais. O requerimento foi assinado por todos os vereadores. O presidente do Legislativo, Fuad Isaac (PT), avalia que a atual administração “vive uma crise política”, após a exoneração de Macedo dos cargos de secretário de Governo e da pasta da Saúde.
“A Câmara não pode ficar fora do debate. Há uma crise política que resultou na demissão de Macedo de dois cargos. Ele foi líder do governo por quatro anos e ocupou o cargo de 1º escalão. São denúncias graves. A Comissão Especial de Inquérito (CEI) está apurando os fatos”, acrescentou Fuad. Ramalho exonerou Macedo do cargo de secretário de governo e da interinidade no comando da Saúde, após o vice-prefeito afirmar que os secretários transformam o gabinete em escritórios e apresentar denúncias de supostas fraudes no Hospital Regional.
O requerimento ainda pede todos os documentos utilizados pelo Macedo nas denúncias para sustentar as reportagens da TVI, TVTEM e Jornal Correio de Itapetininga. O presidente da Câmara lembrou que a gestão Ramalho está no 5º secretário de Saúde: o policial militar aposentado Gesner Leite de Almeida, o dentista Roberto de Lara, a psicóloga Regina Soares e o vice-prefeito e professor Geraldo Macedo e, agora, o médico Oswaldo Benedito Morelli. “É a pasta de maior rotatividade.”
Para Fuad, são necessários esclarecimentos sobre as sete empresas que foram contratadas pelo SAS que possuem o mesmo endereço em São Paulo. A suspeita aumenta já que as notas fiscais preenchidas contra o SAS têm a caligrafia semelhante. Para completar o quadro, as firmas médicas têm a mesma agência bancária, os talões de notas fiscais impressos na mesma gráfica.
Procurado
A reportagem procurou o vice-prefeito, Geraldo Macedo, para saber se ele irá comparecer na segunda-feira, dia 29, na Câmara. Ele informou que não acompanhou a sessão da Câmara e que não havia recebido nenhum oficio do Legislativo confirmando o convite. Questionado se iria comparecer, disse que precisava do convite oficial. “Não sei do teor do convite.”
Após a reportagem insistir novamente e explicar o convite feito, ele preferiu se esquivar da resposta. Macedo disse que só falaria após receber o ofício que o convidava para explicar os fatos que geraram uma crise política na cidade.