-Pedro Novaes – Os pesquisadores constituem um grupo especial de pessoas, cujo valor ainda não foi devidamente reconhecido pela sociedade.
São raros os que enriqueceram na atividade, e a maioria segue seu ofício tendo como meta a construção de novos conhecimentos e descobertas, colocando-as à disposição de todos. Enriquecem, na verdade, as pessoas e empresas que transformam os novos conhecimentos em mercadorias de consumo.
A maioria dos pesquisadores, em verdade cientistas, é fascinada pelo tema que escolheu. São vorazes leitores, que constróem o conhecimento de maneira contínua e incessante.
Como todos os gênios, são capazes de palestras brilhantes e debates enriquecedores, mas podem estar vestindo a camisa pelo avesso, ou sairem de casa esquecendo as calças. Para muitos, sequer o salário importa, desde que o ambiente de trabalho permita-lhes a continuidade das pesquisas e estudos.
Os governos costumam dispensar igual preocupação com os salários, e já perdemos milhares de cérebros, atraidos por entidades que oferecem maiores remunerações e condições de trabalho. Nas universidades e institutos oficiais de pesquisas, travam verdadeiras batalhas para conseguir apoios e verbas, nem sempre disponibilizadas.
As pesquisas são mais amparadas em casos de necessidade iminente, como a descoberta de novas armas, em tempo de guerra, ou de uma vacina, em caso de epidemias. Na agronomia, o surgimento de uma nova praga ou doença faz imediata a busca de uma solução, sempre encontrada.
Não é por decreto que a medicina é cada vez mais eficiente, os alimentos não faltam, a engenharia é renovada e as comunicações operam milagres. Os cientistas movem o mundo, permitindo que a humanidade sobreviva e enfrente os desafios naturais e os criados por ela própria.
A humanidade é composta por pessoas que criam, poucas, e pelas que copiam, milhões. São poucos os criadores, em sociedade de criaturas.
Como a maioria dos gênios, os cientistas não possuem grande senso prático, sendo raro vê-los na política ou em cargos diretivos. São eméritos consultores.
Ainda bem que existem cientistas, artistas e inventores, pois sem eles a vida seria bem menos interessante. Cientistas conseguem até o milagre de servirem de tema ao pobre articulista, em plena quarta-feira de cinzas, quando a falta de assunto é absoluta.
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