Cozinhas que deixam água na boca

-Orestes Carossi Filho – Para ficar com água na boca. Assim, pode ser descrita uma cozinha contemporânea. Com a difusão de materiais harmoniosos, é possível  uma receita arquitetônica para um ambiente que atrai cada vez os integrantes da família e os amigos. Seja para uma refeição rápida ou simplesmente para um café. Segundo o arquiteto Renê Mattos, a bancada na área central que reúna pia e fogão é uma solução interessante.
Mattos lembra que se a bancada tiver um nível mais baixo é possível torná-la uma mesa. Segundo o arquiteto, este espaço gourmet cresce com a presença dos homens na cozinha  que elaboram pratos para o lazer ou para o prazer do paladar.
Uma das opções é colocar armários planejados em madeira MDF com revestimentos em melanina texturizada. Outra alternativa que cresce no mercado são os materiais sintéticos. A bancada da pia pode ser feita com resina que ajuda a evitar que  bactérias se proliferem no momento de preparar as refeições. Para completar, os vãos de janelas precisam ser generosos para deixar o ambiente claro e espaçoso.
Mattos lembra que o planejamento da parte elétrica evoluiu nas últimas décadas. Antes, apenas uma tomada já era suficiente para atender uma família, porque a demanda se restringia à geladeira. Hoje, é necessária uma rede de pontos de energia para abrigar o freezer, microondas, forno elétrico, batedeira, liquidificador,  sanduicheira e  bebedouro.
Já a arquiteta Cristiane Moraes aponta que os azulejos devem ficar restritos à pia, ao fogão e à coifa. Em boa parte da cozinha são instalados armários planejados. “Os armários tomam conta da parede que não precisam estar revestidas com azulejos”, explica. “É funcional e econômico”, enfatiza Cristiane.
Nos azulejos, há uma contradição da linha arquitetônica. Se de uma lado há revestimentos de tamanhos gigantes com medidas de 60cm X 30cm, as pequenas pastilhas tomam espaço. Com cores foscas ou brilhantes e muitas vezes com textura, as pastilhas garantem sofisticação ao ambiente, com variedade e diversidade.
O uso de madeira de demolição também tem crescido.  “Revestimentos que imitam madeira em tom claro também são alternativas.”  A arquiteta recomenda que o piso não deve ser muito claro, já que é um ambiente que suja facilmente. “O porcelanato acetinado possui acabamento esmalte e não fica escorregadio”, lembra.
Cristiane também recomenda cautela na hora de escolher a cor da madeira dos armários planejados. Os que os profissionais da área chamam de tema ou de uma linha a ser adotada.        No caso do acabamento, a arquiteta aponta que deve ser evitado “tudo um pouco”.  “Deve-se optar por uma linha e segui-la”, alerta. Uma das sugestões são os gavetões em que se podem guardar panelas ou vasilhames de tamanhos diferentes.