Giovani Hamada – Para um país tropical, nada melhor do que aproveitar a fruta mais consumida no Brasil e, a partir dela, elaborar um novo produto agroindustrial com grande potencial de mercado. Já pensou num hambúrguer de banana? A idéia, bem sucedida, foi desenvolvida pelos alunos do curso de Agronegócios da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Itapetininga Bruna Renzano, Gisele Bonini e Samuel Matarazzo, com o intuito de desenvolver a agroindustria familiar.
O projeto inovador foi destaque entre as Fatecs e ficou em terceiro lugar na 2ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza. O primeiro lugar ficou com o projeto “Uso eficiente da água em packing-house (processo de limpeza) de batata”, também desenvolvido por alunos da mesma unidade.
O hambúrguer, feito com banana nanica verde e proteína de soja, surgiu durante as aulas de Projeto de Produto Agroindustrial e Tecnologia de Alimento, sob a orientação das professoras Silvia Panetta e Aline Regina Piedade. A idéia foi juntar as disciplinas para que os alunos, em grupo, desenvolvessem novos produtos que pudessem ser comercializados. “Visando sempre o desenvolvimento da agroindústria familiar”, garantiu Silvia.
Embora associar a banana ao hambúrguer logo venha a idéia de um produto de sabor doce, a professora garante que o produto é salgado e “lembra muito a um nuggets”. Ela explica que o hambúrguer é feito com a banana nanica ainda verde que, por não estar madura, ainda não produziu o açúcar que dá a ela o sabor doce.
“A banana verde tem aquele sabor marrento, que trava na língua, porque o amido ainda não se transformou em açúcar. Então as pessoas não a consomem. O que fizemos foi agregar valor ao produto. Que pode muito bem ser comercializado, por exemplo, por famílias do Vale do Ribeira (região produtora de banana)”, explica.
O produto, por possuir um baixo índice glicêmico, é indicado ao consumo para portadores de diabetes tipo 2, colesterol e pessoas que desejam controlar o peso. Por possuir um amido sem glúten, também é indicado para pessoas celíacas (com alergia a glúten).
O projeto pode beneficiar as famílias e associações das regiões produtoras de banana, uma vez que o Brasil desperdiça cerca de 50% da produção nacional. Para a coordenadora do curso de Agronegócios, Maria Clara Ferrari, o projeto é promissor. “A banana é um produto que encontramos em qualquer lugar e, como vemos, existem outras formas de comercialização.”
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