Orestes Carossi Filho – O Hospital Regional de Itapetininga atrasou o pagamento dos salários de enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Uma funcionária, que prefere não revelar o nome, contou que há atraso no pagamento das férias. “Não é possível que não se tome nenhuma providência”, reclamou. Até o dia 14, quarta-feira, os salários ainda não haviam sido pagos. Portanto, mais de uma semana de atraso em relação ao 5º dia útil. “As pessoas não têm dinheiro para comprar alimentos para os filhos, para pagar aluguel”, reclama. A situação, lembrou, conforme a funcionária do Hospital Regional, o passado vivido pela Santa Casa de Misericórdia, que atrasava os pagamentos todos os meses. Ainda segundo a funcionária, a falta de remédios é constante. Para atender a urgência, o medicamento é comprado em pequena quantidade ou emprestado de uma corporação médica. Segundo a funcionária, fica um empurra-empurra sobre quem é o responsável pelo atraso. “Uns falam que é a prefeitura, outros que é o governo estadual ou o SAS”. A remuneração de uma auxiliar ou enfermeiro gira, em torno, de R$ 800. “Os ordenados são baixos”, frisa a enfermeira indignada. Ela conta que após a abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI), a situação mudou. Os atrasos ocorriam, mas não demoravam muito. A diretora do Hospital pediu demissão recentemente, o que contribuiu para piorar a situação. “A pressão e cobrança são grandes, mas o retorno financeiro é pequeno”, diz. Ela disse que não recebe vale-refeição, não é concedido vale-transporte. “Num período de Natal, em que as pessoas têm mais dinheiro, os funcionários do hospital não têm salário”. O medo é que caso o SAS deixe de gerenciar a unidade de saúde, os direitos trabalhistas não sejam respeitados. “Será que irão pagar as verbas rescisórias, que é o nosso direito?” Outro lado A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que o governo estadual repassa mensalmente os recursos, “eventualmente com algum atraso”. A secretaria informa que o atraso não compromete o atendimento dos serviços prestados aos pacientes. O fato ocorreu devido “às adequações orçamentárias” para repassar recursos para SAS, instituição que gerencia o Hospital Regional. “A situação já foi normalizada”, informa a nota. O pagamento das empresas prestadoras de serviços médicos é efetuado pela OSCIP no dia 20 de cada mês, por isso, não afetou o pagamento aos médicos, conclui a nota.
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