-Andrea Vaz – O que era apenas uma praga de inverno transformou-se numa infestação constante. A presença de roedores na cidade tem aumentado nos últimos anos. Na Rofep, empresa de dedetização de Itapetininga, o atendimento chegou a triplicar. “Situações como acúmulo de entulho, por exemplo, cria um ambiente favorável para a proliferação de ratos, inclusive no Centro da cidade”, conta Rosana Hakim, proprietária da Rofep.
Rosana diz que os chamados para atender casos de infestação quase triplicaram. “Tínhamos uma média de cinco casos por semana. Agora, eles chegam a dez ou 15”. Segundo ela, a infestação se concentra nas centrais, mas em todos os lugares da cidade os roedores aparecem.
Agnaldo Fogaça, funcionário da empresa, explica que os ratos de esgoto e os ratos de telhado são os mais comuns. “As pessoas não têm consciência de que os roedores podem atingir qualquer residência, mesmo as do Centro. E se há condições para a proliferação de ratos, outras pragas também podem aparecer, como baratas e escorpiões”, destaca Fogaça.
Para exterminar os roedores é preciso muita cautela. “Existem algumas substâncias proibidas, porque são altamente mortais. Nós trabalhamos apenas com produtos regulamentados”, ressalta Rosana. Segundo ela, o ideal é que o combate seja feito de acordo com o tipo de rato e das características da casa, por exemplo, a presença de crianças e animais domésticos.
Normalmente são utilizadas iscas tóxicas para matar os ratos. Mas também há soluções não venenosas. Uma delas é a placa adesiva, que mantém o roedor colado à uma placa de madeira e ele acaba morrendo de fome. Existem também formas para evitar que a praga apareça, num trabalho de controle preventivo.
Prevenção
Biólogos explicam que a forma mais barata e eficaz de acabar com os ratos é evitar que eles se aproximem da casa. Para isso, é importante manter a casa livre de entulhos, recolher diariamente o lixo doméstico, principalmente o orgânico, manter limpo o abrigo dos animais domésticos e guardar bem os alimentos.
Rosana explica que os ratos não enxergam bem e são guiados pelo cheiro, andando sempre próximos à parede. “Os roedores tem uma estrutura óssea que permite que eles passem por locais muito apertados. Por isso, é indispensável tampar bem as frestas e não deixar alimentos, mesmo de animais, mal armazenados”.
Fogaça também lembra a importância de um trabalho integrado. “Se uma pessoa dedetiza a casa, mas as casas vizinhas têm lixo e entulho, os ratos podem voltar e infestar todo o espaço”.
A Vigilância Sanitária da cidade informa que casos das principais doenças causadas por ratos, a hantavirose e a leptospirose, não foram notificados na cidade, o que indica um controle na infestação.
Segundo a Vigilância, a manutenção de casas e terrenos é de responsabilidade do proprietário. Em caso de reclamação sobre as condições do local, deve-se buscar apoio no telefone 156.