O itapetiningano Gabriel Olímpio, dia a dia se destaca no cenário artístico brasileiro. Além de atuar em filmes e teatro, tem conquistado a crítica audiovisual como cineasta em festivais independentes, nacionais e internacionais. Recentemente, inclusive, uma de suas obras recebeu menção honrosa em um festival de Roma, na Itália.
“O sonho de ser artista nasce ao assistir uma peça de teatro”, conta Gabriel. Esta motivação o levou à Curitiba e como bolsista do programa Prouni se tornou bacharel em Artes Cênicas pela PUC-PR, uma das faculdades referência na formação de atores e atrizes do país.
No teatro, ao interpretar o personagem Tito, na peça Bita e os Animais (2017), o artista mostrou seu talento nos principais palcos do Brasil. Conseguinte, o gosto pelo manejo da dramaturgia levou o jovem para além da interpretação narrativa e a direção de obras teatrais e filmes ganham perspectiva em seu processo criativo, pois Gabriel gosta de pensar os próprios enredos das tramas que constrói.
Sobre o processo de criação, Gabriel é categórico: “Antes de pensar na história, penso em uma composição que flerta com a expectativa do público, mas também com o inesperado. Gosto de dizer que meus filmes são compostos por excessos de pensamento, é isso que significa, aliás, Overthinkers Films, a produtora que criei para dar vida a essas ideias”, explica.
Das lutas às batalhas
Ao chegar na faculdade, Gabriel conta das dificuldades e como deu a volta por cima. “Estudei minha vida toda em escolas públicas e por ser de família humilde estive a alguns passos atrás quando entrei no curso superior, pois um maior esforço é necessário quando se quer alçar voos mais altos na carreira. Nem todos têm o privilégio de apenas estudar quando se entra na faculdade”, destaca.
O itapetiningano, filho de mãe professora, aliás sua principal incentivadora, apesar da pouca idade, já tem no currículo nove participações em teatro. No cinema são sete curtas metragens com participações na produção, direção e como ator.
Gabriel faz questão de enaltecer o lugar de onde veio. “Eu tenho esse compromisso com Itapetininga, morei durante a infância e adolescência no bairro Jd. Nova Era, completei o Ensino Médio na EE Peixoto Gomide, onde surgiram muitas de minhas inspirações artísticas. Esse compromisso se amplia com meu papel artístico, principalmente com aqueles que não vivem uma situação de privilégio, mas sonham em trabalhar com arte. Mesmo repletos de desafios, esse sonho pode ser possível”, defende o artista.
Trabalhos mais recentes
Atualmente três trabalhos de Gabriel se destacam. No Festival BC, em Balneário Camboriú, seu filme mais recente, “Ilusión” / “Ilusão” forma um dos poucos filmes nacionais selecionados na categoria curta-metragem, conquistando o prêmio da Mostra Vivo.
Ainda em 2021, seu curta “Aquário Beta” foi selecionado para os festivais Curtaria e Semana Paulistana de Curta Metragem, ambos em São Paulo/SP. Seu curta “Rosa Viva” também foi premiado com o segundo lugar no 5º Festival Curta Toledo, no Paraná.