-Everton Dias – Assunto pulsante na mídia nacional, a polêmica gerada pela proibição sacolas plásticas tem causado intensas discussões. Enquanto os supermercados, baseados em campanha da Associação Paulista de Supermercados, defendem a extinção das sacolas plásticas como meio de redução da poluição ambiental e de incentivo ao desenvolvimento sustentável, parte da população questiona a medida.
De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados (OAB) de Itapetininga, Alexandre Hungria, a lei é positiva, mas só tem valor se for adotada junto a outras medidas. “A lei tem como principal benefício diminuir a redução do consumo de material plástico, mas sozinha é insuficiente para resolver o problema do descarte sumário de materiais no lixo”, afirma.
Hungria aponta que o maior problema é o uso indiscriminado das sacolas. Ele também dá como exemplo o descarte de outros produtos poluentes, como as garrafas plásticas. “Nós sabemos que as garrafas pets são bem mais prejudiciais a natureza e traz consequências graves na cidade. “Eu entendo que essa lei foi aprovada no Estado de São Paulo por interesse econômico (dos supermercados) e não ambiental ou social”, critica.
Entre os consumidores há os que defendem o seu banimento total e outros alegam ser difícil viver sem as onipresentes sacolas plásticas. Quanto à campanha da APAS, uma pesquisa informal constatou que os clientes demonstram perplexidade, surpresa e alguns afirmam que será uma medida positiva ao meio ambiente.
As sacolinhas surgiram na vida do brasileiro nos anos 1970. A novidade não tardou em conseguir um lugar de destaque na vida dos consumidores. As tradicionais sacolas de papel, caixas de papelão e carrinhos de feira, perderam seu espaço para as sacolinhas descartáveis. Práticas, eficientes e baratas, logo elas dominaram o cenário das compras e dos transportes de pequenos objetos.
Porém, o uso e mesmo o descarte indiscriminado, transformou as sacolinhas de polietileno confeccionadas a partir de derivados de petróleo, em grandes vilãs. Despejadas no meio ambiente sua decomposição pode demorar algumas centenas de anos.
Cidade passa de 900 casos de Dengue em três meses
Nos três primeiros meses deste ano, Itapetininga já contabilizou 914 casos de Dengue, um aumento significativo em relação ao total de 574 casos registrados em todo o ano de 2023....